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quinta-feira, 10 de maio de 2012

G12 – INFORMAÇÕES CONCISAS

Eu nunca tinha visto uma descrição tão simples, fácil e suscinta a respeito do G12. Boa leitura.
Luciano Ferrari


Anel do G12

Fundador: César Castellanos Dominguez, genitor da “Missão Carismática Internacional”, inspirado em Paul Yonggi Cho, fundador da “Igreja do Evangelho Pleno”, divulgada pela ADHONEP (Associação de Homens de Negócios do Evangelho Pleno), seguindo a logística da Opus Deis.

Origem: Colômbia, 1983, ano em que, Castellanos, “revelado” em visão, recebeu a ordenação divina para “sonhar” com uma Igreja grande, porque, dizia Deus na revelação: “Os sonhos são a linguagem do meu Espírito”. “Divinamente” orientado, fundou a Igreja da Missão Carismática Internacional.

Nascimento: Em 1991, o senhor Castellanos, por meio de outra visão, recebeu de Deus o padrão G12, isto é, a Igreja celular, conforme os moldes de Cho, mas dividida em células de multiplicação de 12, segundo o modelo original dos 12 apóstolos.

Entrada no Brasil: O Pastor Renê de Araújo Terra Nova, da Igreja Batista da Restauração, foi buscar nos “Encontros” gedozistas de Bogotá, aos pés do “mestre” Castellanos, a “novidade”. Implantou-a em Manaus por meio de seu “Ministério Internacional da Restauração”. Ventos rapidíssimos, soprando do Norte para o Sul, espalharam o gedozismo na pátria inteira, mas sempre a partir das igrejas estabelecidas, especialmente a da pastora Valnice Milhomens, confessa do pentecostismo de terceira onda. Aderiu-se-lhe também a “Igreja Sara Nossa Terra” de Robson Rodovalho. Das igrejas não aliadas o gedozismo tem conquistado muitos adeptos.

Células do G12: As células são grupos heterogêneos, formados por “crentes” e “catecúmenos”, e devem conter de 3 a 25 componentes. Cada célula é comandada por um integrante do G12, que tenha, pelo menos, começado a frequentar a Escola de Líderes.

Grupos G12: São grupos homogêneos, formados de 12 líderes, responsáveis pelo discipulado e edificação das células heterogêneas: homens discipulam homens; mulheres discipulam mulheres. Um gedozista para chegar ao grupo dos 12 precisa demonstrar “convicção” e muita “fidelidade” à Visão. Este grupo é criteriosamente formado.

Outra Grei: O “conquistado” pelo G12, consciente ou inconscientemente, abre mão dos princípios de sua denominação: doutrina, governo e liturgia. Um presbiteriano de fato não pode ser gedozista: as doutrinas são incompatíveis.

Estrutura Operacional: A estratégia do G12 concentra-se nos “Encontros” dos quais se guarda sigilo absoluto de funcionamento e de conteúdo. Os “Encontros” estão assim escalonados: Pré-Encontro: com 4 palestras preparatórias. Encontro: de Sexta a Domingo, com ministração de 12 palestras doutrinárias. Pós-Encontro: com 4 palestras de consolidação, visando fixação ideológica e doutrinária.

Fontes: Todo o sistema gedozista foi inspirado nas “células” de Yonggi Cho, modificadas por Castellanos. Na “visão”, há uma célula matriz, o grupo homogêneo dos 12 líderes, comandantes apostólicos. A célula matriz dos 12 gera células heterogêneas de 3 a 25 participantes, com vistas à multiplicação.

Esquema Operacional: Assemelha-se ao dos Cursilhos da Cristandade do padre Escrivá:

a.       Sigilo absoluto;

b.      Pré-Encontro, Encontro e Pós-Encontro;

c.       Concentração do Encontro em três dias de intensíssimas atividades;

d.      Fixação dos encontrantes nos dirigentes e na programação, evitando assim efetivas relações sociais durante o tríduo e impedindo reflexões contradizentes;

e.       Criação de intenso emocionalismo, trabalhado como emergência da espiritualidade;

f.       Preparação de ambiente propício à fuga mental, ao banimento da censura, ao rompimento dos vínculos familiares, sociais e religiosos;

g.      Geração, no encontrante, da convicção absoluta de que o caminho do G12 é o único, pois nele “verdadeiramente”, se “encontra com Deus”;

h.      Estabelecimento de condições à negação do “ego”, à interrupção das relações interpessoais. Não se permite troca de ideias e opiniões para evitar “desconcentrações” e “desvios de objetivos”: na cabeça do encontrante, durante o tríduo, exclusivamente G12.

Aos procedimentos anteriores, fundamentados nas técnicas dos Cursilhos, o G12 acrescenta:
a. Uso de recursos psicológicos para “convencer” o participante, crentes ou não, de que seu estado é terrivelmente negativo e tristemente impeditivo em decorrência das múltiplas maldições acumuladas e não quebradas. b. A quebra de maldições e a terapia psíquica (extravasamentos, regressões, sentimentalismos, emocionalismos) como meios de perdão e libertação.

Teologia: As doutrinas do G12 são exauridas, em grande parte, de “revelações” extrabíblicas, comunicadas por visões aos neopentecostais, particularmente ao pai da seita, César Castellanos Dominguez, e por meio de textos escritos descontextualizados e “condicionalmente” interpretados. Assim, por tais métodos, ensina-se que:

a.       Pecados e males são causados por Satanás;

b.      As palavras do superior para o inferior podem comunicar tanto bênçãos como maldições;

c.       As maldições podem acontecer no curso da existência ou além dela;

d.      As maldições são pessoais ou hereditárias;

e.       Sem quebra de maldição não há purificação;

f.       A maldição acontece quando criamos ou permitimos “legalidades” a Satanás;

g.      As bênçãos divinas são direitos nossos; cabe-nos a iniciativa de “tomar posse delas”;

h.      A oração deve ser positiva, imperativa e até impositiva, porque o “herdeiro” não pede favor à divindade, exige seus direitos;

i.        A salvação é um prêmio aos méritos beatíficos e à santificação, que é a busca pessoal da perfeição;

j.        O paracleto é o dom dos “aperfeiçoados”, dos santificados, sendo o batismo com o Espírito Santo uma conquista, podendo ser intermediado por um místico carismático: batiza-se com hora marcada no Encontro gedozista;

k.      A unção com óleo é indispensável à ocmunicação das bênçãos divinas; faz-se por ela terapia espiritual.

TÉCNICAS DE CONQUISTA
Área de ação: O “campo missionário” do gedozismo constitui-se, prioritariamente, de igrejas constituídas e estabelecidas.

Metodologia catequética: Despertar a curiosidade por meio do sigilo; convencer o crente-alvo de que algo maravilhoso, jamais imaginado e nunca experimentado, acontecerá; haverá um “Encontro com Deus”; ele sairá do Encontro uma nova criatura, tendo uma visão espiritual não experimentada antes.

Em decorrência do sigilo, uma estratégia desonesta, mergulha-se no Encontro por um salto no escuro e dele se sai fanatizado com o “slogan” preconcebido: “O Encontro é Tremendo!”

O G12 não nos convém. Evitemo-lo; fujamos dele.

FONTE: Onezio Figueiredo. OS Segredos do G12. São Paulo: Cultura Cristã, 2001. pp. 45-48.

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