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quinta-feira, 10 de novembro de 2011

O reconhecimento de um filósofo


Um filósofo dedica sua vida a ampliar seu conhecimento acerca do ser, a descobrir os princípios da existência, aquilo que não passa e o que é eterno, para chegar, finalmente, à mais triste das conclusões: “A vida não tem sentido”.

O Zürcher Landzeitung (um jornal de Zurique, Suíça) publicou algumas afirmações do filósofo francês Claude Lévi-Strauss, que completou 100 anos em novembro de 2008:

“Estou firmemente convicto de que a vida não tem sentido, que nada tem sentido”, disse Lévi-Strauss à revista Cicero. De todas as religiões, ele declarou sentir afinidades apenas com o budismo. “Por um lado, porque não tem um Deus pessoal, por outro, porque admite que nada tem sentido, que a verdade última está na ausência de sentido, no não-sentido. É esse tipo de fé que consigo aceitar sem pestanejar... Confesso que a idéia de passar para o nada não me agrada, mas também não me inquieta...” [1]

Quer dizer que o sentido está na ausência de sentido (ou não-sentido)? É compreensível que, então, tudo perde o sentido e se torna sem sentido. Desse modo, essa é a única conclusão plausível. O alvo do budismo é o Nirvana, a total não-existência. Isso não é esperança, e não foi para isso que recebemos a vida.

A filosofia é descrita como “amor à sabedoria”. Novecentos anos antes de Cristo já viveu um “filósofo” verdadeiro, que era cheio da sabedoria de Deus. Ele meditou sobre a vida e seu sentido, e anotou seus pensamentos a respeito. Estamos falando de Salomão. Suas anotações estão no livro de Eclesiastes. Ele concluiu que a vida é vazia de sentido quando Aquele que lhe dá sentido – Deus – não estiver presente nela.

“Eu, o Pregador, venho sendo rei de Israel, em Jerusalém. Apliquei o coração a esquadrinhar e a informar-me com sabedoria de tudo quanto sucede debaixo do céu; este enfadonho trabalho impôs Deus aos filhos dos homens, para nele os afligir” (Ec 1.12-13).

De fato, qualquer filosofia que exclua Deus parece um esforço enfadonho, que nunca levará a um resultado que tenha sentido. Por isso, o Pregador também escreve: “Todas as coisas são canseiras tais, que ninguém as pode exprimir; os olhos não se fartam de ver, nem se enchem os ouvidos de ouvir” (Ec 1.8). A filosofia nunca conseguirá exaurir em palavras aquilo que Deus criou, os princípios, as causas e elementos de todas as coisas, o passageiro e o eterno. A razão da vida só pode ser encontrada nAquele que é o sentido da vida, Jesus Cristo. Somente nEle encontramos resposta para a origem, a finalidade e o alvo da existência.

O rei Salomão possuía poder e era infinitamente rico, sua influência estendia-se por toda terra daquela época, sua inteligência e sabedoria eram inigualáveis e seu sucesso era ilimitado. Ele conseguia tudo o que desejava. Outros governantes o admiravam e eram fascinados pela sua sabedoria e pela extensão do seu reino. O mundo estava aos seus pés e todas as portas se abriam para ele. Mas uma coisa ele tinha perdido: o seu relacionamento com Deus, que lhe tinha dado tudo. Salomão chegou a um ponto em que reconheceu que todos os objetivos alcançados em sua vida não faziam mais sentido quando o Deus da vida não fazia mais parte deles: “Que proveito tem o homem de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol?” (Ec 1.3).

O próprio Salomão transforma-se no exemplo clássico de uma vida em que tudo existe em abundância e tudo é experimentado, mas que ainda assim não vale a pena por não estar preenchida com o Senhor da vida. Ao ler o livro de Eclesiastes, conseguimos entrever tudo o que ele tentou e experimentou, apenas para repetidamente testemunhar que tudo era vaidade e correr atrás do vento, que todo o esforço era inútil e que nada permanece. Qualquer coisa que ele tenha tentado veio acompanhada dessa conclusão (Ec 1.14).

Salomão aumentou sua sabedoria e seu conhecimento de forma consciente e também viu abundância deles em outras pessoas (Ec 1.16-18). Ele experimentou alegria, desfrutou da vida e fez grandes obras. Ele sabia aproveitar as coisas boas, construiu casas e plantou vinhedos, jardins e parques. Não lhe faltaram serviçais, rebanhos de gado ou ouro e prata. Havia passatempos e descanso em medida suficiente. Salomão tinha muitas mulheres; ele tornou-se cada vez mais poderoso e não negou qualquer vontade ao seu coração. Mas novamente ele concluiu: “Considerei todas as obras que fizeram as minhas mãos, como também o trabalho que eu, com fadigas, havia feito; e eis que tudo era vaidade e correr atrás do vento, e nenhum proveito havia debaixo do sol” (Ec 2.11).

Tantas decepções após desfrutar da vida fizeram com que Salomão ficasse enfadado. Ele resignou, desesperou, ficou deprimido e não conseguia mais dormir: “Pelo que aborreci a vida...” (Ec 2.17). “Também aborreci todo o meu trabalho...” (Ec 2.18). “Então, me empenhei por que o coração se desesperasse...” (Ec 2.20). “Porque todos os seus dias são dores, e o seu trabalho, desgosto; até de noite não descansa o seu coração; também isto é vaidade” (Ec 2.23).

Mas Salomão não parou por aí. Ele lembrou-se novamente do Senhor: “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim” (Ec 3.11).

Há algo no coração que muitas pessoas tentam sufocar, amontoando outras coisas por cima. É a consciência da eternidade! Nada consegue apagar totalmente essa consciência, nem a teoria da evolução, nem as ofertas do mundo, nenhuma filosofia, nem mesmo o ateísmo. Justamente essa “insegurança”, essa meditação sobre a eternidade, é uma prova dessa mesma eternidade e da existência de Deus, e também de que há um sentido mais profundo em nossa vida. O homem precisa do Deus eterno. Se não, por que tudo perderia o sentido sem Ele? Porque Ele é a resposta, a plenitude e o amor completo. Por isso, no final do livro Salomão chega à seguinte conclusão: “De tudo o que se tem ouvido, a suma é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque isto é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más” (Ec 12.13-14).

A vida só terá sentido completo quando encontrarmos a Deus. Sem Ele sempre ficará faltando algo. O Deus verdadeiro, que gravou a Sua eternidade em nossos corações, revelou-Se em e por meio de Jesus Cristo. Jesus cumpriu todos os mandamentos de Deus de forma completa. Por isso, todo aquele que se volta para o Senhor é completamente justificado. O homem não poderá realizar nenhuma obra melhor, nenhum mandamento maior do que crer em Jesus Cristo.

“Dirigiram-se, pois, a ele, perguntando: Que faremos para realizar as obras de Deus? Respondeu-lhes Jesus: A obra de Deus é esta: que creiais naquele que por ele foi enviado” (Jo 6.28-29).

Quem se entrega confiantemente ao Senhor da vida terá sua existência preenchida com sentido e valor, não precisa continuar buscando sem descanso, não precisa resignar, decepcionado e cansado da vida. Ele terá encontrado o sentido de sua existência e viverá por toda a eternidade. Todo ser humano vive impotente debaixo do sol, mas um verdadeiro Homem e verdadeiro Deus vive onipotente acima do sol: Jesus Cristo. Entregue sua vida a Ele! (Norbert Lieth)

Nota:

1. Zürcher Landzeitung, “A vida não tem sentido”, 24/7/2008.

Fonte: http://www.apaz.com.br/

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Cavando Cisternas

 "Assim diz o Senhor: Cavem muitas cisternas neste vale. Pois assim diz o Senhor: Vocês não verão vento nem chuva; contudo, este vale ficará cheio de água, e vocês, seus rebanhos e seus outros animais beberão."
(2 Reis 3.16-17)



Eu aconselho ler esse texto a partir do versículo primeiro. Está escrito que o exército dos três reis estavam com muita sede porque tinha se acabado a água. Deus estava por enviar a providência, e nestas palavras do profeta Eliseu, anuncia a chegada da bênção. Observe a situação de desamparo que estavam passando: nem o homem mais valioso poderia encontrar uma gota sequer de água no céu ou em qualquer lugar da terra. Frequentemente o povo de Deus, pessoas que professam o nome de Jesus são encontradas em uma situação que parece não ter saída; essas pessoas vêem a vaidade da criatura, e apredem na prática de forma experimental (não apenas em teoria) onde podem encontrar socorro. Mais que isso, essas pessoas precisam se preparar com fé para receber a bênção. Neste caso citado no texto eles precisaram cavar bolsões ou piscinas (as chamadas cisternas) onde seria derramado o líquido precioso. A igreja deve através de seus vários ministérios, esforços e intercessores, se preparar para receber as bênçãos que o Senhor tem preparado; ela deve cavar os bolsões e o Senhor irá preenchê-los. Isto deve ser feito com fé, com a plena convicção de que a bênção está para ser derramada.

De tempos em tempos havia uma conceção especial de uma bênção necessária. Desta vez não foi como com Elias, quando a chuva foi derramada pelas nuvens, mas de uma maneira silenciosa e misteriosa os bolsões foram preenchidos. O Senhor possui suas prórias maneiras soberanas de agir: Ele não está preso à forma ou ao tempo como nós estamos, mas ele age da forma que Ele quer no meio do seus filhos. Devemos ser agradecidos por receber Dele, e não por ditarmos à Ele como e o que deve ser feito.

Outro fator a observar é a extraordinária abundância de seus suprimentos. Sempre é o suficiente para a necessidade de todos. Meu desejo é de que todos nós sejamos revestidos desse poder divido em resposta às nossas orações, para que a vitória nos seja dada à todo o Exército do Senhor.

O que eu estou fazendo para Jesus? Quais são as cisternas que eu estou cavando? Oh Senhor, me prepare para receber as bênçãos que o Senhor deseja me conceder.

Luciano Ferrari


sábado, 8 de outubro de 2011

Deve o Cristão Apostar na Loteria?

Volta e meia alguém me faz essa pergunta a repeito da relação entre cristão e apostas. Sempre explico da melhor maneira possível, mas decidi pesquisar melhor sobre o assunto e encontrei um texto excelente que reflete muito claramente a vontade de Deus. Bom Proveito! (Luciano Ferrari)


A Loteria - Podemos usá-la para a glória de Deus?

Será que é errado pensar em jogar na loteria? Quero dizer, eu não quero riquezas por mim mesmo, mas para a minha família, a obra de Deus, as obras de caridade na minha cidade, e, bem, se eu quisesse tudo somente para mim, um cristão, isto seria ruim? Vamos comparar esse assunto com os princípios Bíblicos. Se levemos “cativo todo o entendimento à obediência de Cristo” nos faremos uma bênção para nós mesmos (II Cor 10:5).

Trabalhar é necessário

Quando o homem estava no jardim do Éden, antes mesmo de pecar, ele era contentíssimo com a presença do Senhor na viração dos dias e com todas as suas necessidades supridas abundantemente. Viver para a glória de Deus era a sua felicidade maior. Mesmo assim, sim, antes do pecado, o homem trabalhava. Adão tinha a ordem divina de “lavrar e guardar” o jardim onde o Senhor o pôs (Gên. 2:15). Isso era a sua responsabilidade e necessitava esforço e obediência. Lembramo-nos que foi Adão que colocou o nome em todos os animais também (Gên. 19), e isso não deveria de ser um piquenique. Mas, apesar da responsabilidade e a necessidade de fazer esforço, o trabalho não era lhe pesado. O trabalho somente tornou pesado quando o homem pecou. Foi naquela circunstância que o trabalho tornou a ser uma necessidade, e, uma necessidade constante. A sentença divina que veio por causa do pecado foi: “no suor do teu rosto comerás do teu pão” (Gên. 3:19). Isso “porquanto deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore do que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, maldita é a terra por causas de te, com dor comerás dela todos os dias da tua vida” O princípio divino sobre a necessidade de trabalhar para comer não somente começou na hora do surgimento do pecado, quanto continuou até os dias do Novo Testamento pois Paulo, pelo Espírito Santo, escreveu: “Porque, quando ainda estávamos convosco, vos MANDAMOS isto, que, se alguém não quiser trabalhar, não coma também” (II Tess. 3:10). Que tal maldição continua até os nossos dias não deve ser uma surpresa pois Deus declarou no dia da maldição, “com dor comerás dela TODOS OS DIAS DA TUA VIDA”. O pecado de Adão trouxe todos nós a sermos pecadores (Rom 5:12). A maldição que Adão receber, nós recebemos juntamente. O princípio do trabalho-comer é para nós ainda hoje. A loteria não submete-se à essa necessidade.

“A riqueza de precedência vã diminuirá, mas quem a ajunta com o próprio trabalho a aumentará.” Prov. 13:11

A loteria reflete o desejo eterno do homem livrar-se dos efeitos do pecado em sua vida, ou, melhor, em viver como não haja ordem superior sobre ele. A loteria alimenta a idéia errônea que podemos ter algo de valor com boa consciência, sem trabalhar ou suar por ele. A nossa natureza pecaminosa já compra essa idéia na primeira apresentação pois temos um coração enganoso (Jer 17:9). Os que têm uma nova natureza por Cristo já lutam contra a carne (Gal 5:17) e por isso raciocina que pode fazer algo que é contra o princípio bíblico de somente ganhar através do trabalho e usar tal fruto do pecado para a glória de Deus (Rom 3:8). E, é verdade que queremos crer que podemos fazer o bem enquanto nos ocupamos com o que Deus não abençoa! Mas não devemos nos iludir. Se não estamos obedecendo, estamos desobedecendo (Mat. 12:30).

A confiança no Senhor

O Cristão tem quem cuida de si: o próprio Senhor. A promessa de Deus é que Ele nunca nos deixará nem nos desamparará (Heb 13:5). Este Senhor bondoso e poderoso sabe o que necessita o Seu filho comprado pelo sangue de Cristo (Mat. 6:32), e, com amor, suprirá “muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos; segundo o poder que em nós opera” (Efés 3:20). Sem dúvida Deus pode suprir as nossas necessidades de maneiras extraordinárias mas deve ser observado que é Ele que faz tais prodígios. Para nos colocar em posições comprometedoras ou em lugares questionáveis não é de praticar a fé mas é de tentar Deus (Mat. 4:6-7). Quando confiamos no poder e nas promessas do Senhor, temos verdadeiro descanso de espírito. Os que querem confiar no braço de carne, somente terão o auxílio que um braço de carne pode dar. Melhor é confiar no Senhor (II Crôn. 32:8). Para confiar no Senhor, em vez de confiar em nossas próprias capacidades, precisamos morrer a nós mesmos. É louvável tal atitude e nos conforma à imagem de Cristo (I Pedro 4:1).

O Contentamento

Um estudo sobre a loteria não seria completo sem uma menção de contentamento. A loteria não incita o crescimento nessa virtude mas contrariamente inflama os excessos das obras da carne (Gal 5:19-21). Quando Jó perdeu tudo o que tinha, a sua piedade com contentamento era louvável (Jó 1:21). Ele não culpou Deus nem correu para a sua “esperteza” para resolver a sua situação desesperadora. Ele confiou no Senhor. É assim o contentamento com piedade é ganho (I Tim 6:6). Preocupar com o dia de amanhã não é louvável pois evidencia pouca fé (Mat. 6:25-30). Não é fácil de ser contente com o que temos, mas é um alvo de crescimento para o Cristão sério. Paulo, o apostolo, pela experiência na vida Cristã, aprendeu de ser contente com o que tinha (Fil. 4:11-13). Viver com o que temos nos ensinará a termos essa virtude. Jogar na loteria nunca nos ensinará contentamento. Muito menos nos levará à piedade.

Exemplos Bíblicos

Será que os exemplos Bíblicos podem nos ensinar a participarmos na loteria? Quais exemplos Bíblicos temos dos servos de Deus ocupando-se nessa prática? O Cristão é para ser uma testemunha: uma luz nas trevas, um elemento que preserva e conserva boas qualidades na sociedade (Mat. 5:13-16). A ocupação do Cristão é de anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas paras a sua maravilhosa luz (I Pedro 2:9). Nas Escrituras Sagradas achamos louvor para os justos (II Pedro 2:7) e os fieis (I Cor 4:2; Col. 12:2; Efés 6:221; Heb 3:5) mas nunca são louvados por Deus os que confiam na sorte ou no braço de carne.


O lançar sortes na Bíblia

Apesar de tudo que foi estudado sobre a loteria pode ser que pela prática de “lançar sortes” na Bíblia alguém quisesse apoiar a loteria. Seria bom de estudar este assunto num estudo separado mas seria suficiente notar que tal prática foi usada para determinar a vontade de Deus (Lev 16:8; Atos 1:26). Hoje temos a Palavra de Deus para nos ensinar, corrigir e nos aperfeiçoar (I Tim 3:16,17) não precisando mais praticar tal costume para sabermos a vontade de Deus. O lançar sortes foi útil também para agilizar uma divisão justa (Josué 18:6-10; Neemias 11:1; Sal 22:18). Não achamos proibição de tal prática pois é útil (Prov. 18:18). Todavia, na Bíblia, nunca temos o exemplo da loteria comum que dá prêmios em dinheiro sendo usado para este fim. O uso de sortes também foi usado biblicamente para determinar a verdade (II Sam 14:42; Jonas 1:7). A Palavra de Deus é perfeita agora e podemos usá-la para testar toda a filosofia, pregação e prática, uma maneira nobre de determinar a verdade (Atos 17:11).

Que Deus abençoa a sua vida. Se está passando por dificuldades e está sendo tentado, o conselho bíblico não é de lançar sortes mas de lançar tudo sobre o Senhor porque Ele tem cuidado de vós (I Pedro 5:7). As tentações na carne devem nos levar a morrermos à carne e viver pela fé (Tiago 1:2-6), e, portanto, úteis. Os princípios Bíblicos não mudam com a nossa situação socioeconômica mas são imutáveis. Espere no Senhor e achará alivio em Seu tempo para a glória de Deus (Isa 40:31). O buscar o Senhor sempre tem as suas recompensas (Mat. 6:33).

Pr Calvin Gardner - pastor da Igreja Batista de Catanduva - SP
Fonte: Igreja Presbiteriana das Graças (Recife/PE)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Em nome do Senhor eu as derrotei!

Cercaram-me como um enxame de abelhas, mas logo se extinguiram como espinheiros em chamas. Em nome do Senhor eu as derrotei! (Salmos 118.12)

Ontem eu estive com uma pessoa próxima que estava passando por dificuldades. Estive conversando, aconselhando e também orando com esta pesoa. Curiosamente depois de ter voltado para casa e feito minha meditação dirária foi esse o texto que li, e percebi que está diretamente relacionado à situação desta pessoa. Mas com certeza serve para mim também e espero servir de ajuda para você também, caro leitor.

Quando o Senhor Jesus morreu, não apenas comprou o direito de uma parte de nós apenas, mas de toda a humanidade. Ele contemplou na sua paixão a santificação de todos nós por completo, espírito, alma e corpo; e ele irá reinar supremo, sem nenhum rival. Todos nós fomos regenerados por seu sangue e todo àquele que confessar o Seu Nome, que aceita-lo como Senhor e Salvador e confessar os seus pecados e se arrepender será salvo. E então, o pecado não terá mais domínio sobre nós. Nosso corpo é membro de Cristo: como poderemos tolerar sujeição ao príncipe das trevas?

Oh, minha alma, Cristo sofreu pelos meus pecados e redimido estou pelos seu precioso sangue. Devo eu sofrer as memórias de meus pecados e deixar minha mente se tornar uma armazém de maldade? Devo eu render-me à perversidade do erro? Ou ainda ser conduzido pelos caminhos da iniquidade? NÃO, minha alma, tú es de Cristo e o pecado não tem direito sobre ti.

Seja corajoso cristão! Não seja isento de espírito, pensando que nossos inimigos espirituais nunca poderão ser destruídos. Você pode derrota-lo, não pela sua própria força, porque o mais fraco deles é muito para você; mas você pode e deve destruí-los através do sangue do Cordeiro. Não pergunte, “Como eu posso derrota-los, já que eles são mais poderosos do que eu?” mas busque suas forças em Deus, espere humildemente em Deus, e o Deus Todo Poderoso, o Deus de Jacó certamente virá para resgatá-lo e você cantará as vitórias através da sua graça.

Luciano Ferrari

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Consultor cristão é demitido de banco por escrever livro contra o casamento gay

Depois que lançou um livro contra o casamento gay, o consultor cristão Dr. Frank Turek foi demitido de duas empresas. A primeira a demiti-lo foi a Cisco Systems na Califórnia e um mês depois foi o Bank Of America.

Turek estava fazendo um trabalho dentro do Bank of America há 15 anos, realizando programas de formação de equipes de liderança. “Eu recebo um monte de críticas apenas por concordar com o que a maioria dos americanos concorda: que o casamento é entre um homem e uma mulher”, disse Turek na semana passada na Rádio American Family.

O veterano da Marinha dos EUA foi contratado em maio, para fazer uma apresentação em uma reunião da equipe de Gestão de Negócios Globais e Análise do Bank of America dentro do Global Wealth e Investment Management.

Ele estava agendado para fazer uma apresentação – chamado “Por que você não pode ser normal como eu?” – Sobre como se adaptar a diversas personalidades para melhorar a produtividade e relacionamentos. Três dias antes de sua apresentação em junho, no entanto, Turek soube por um gerente de RH que ele havia sido demitido.

O recado de um dos gerentes fda empresa foi de que Turek teve sua vida pesquisada pela empresa que descobriu que ele havia lançado o livro chamado “Correto, Não Politicamente Correto: Como o Casamento Homossexual Prejudica a Todos” e por esse motivo ele não poderia mais fazer a palestrar para os funcionários do banco.

Na resposta que enviou ao CEO Brian Moynihan, Turek argumentou que o casamento não foi o tema de sua apresentação, nem nunca esteve em todos os seus anos de trabalho com o banco.

“O que a atividade sexual, preferência sexual de uma pessoa têm a ver com a produtividade do trabalho?” disse o consultor no programa de rádio.

O livro em questão foi lançado no início deste ano e um dos gerentes da empresa e ofendeu com o livro após buscar o nome de Turek e reclamou com o diretor de inclusão e diversidade da Cisco.

Como o Bank of America também promove a “inclusão” e “diversidade”, Turek queixou-se ao CEO que estava sendo excluído por seu ponto de vista político e religioso. Ele pediu ao Moynihan para considerar o que teria acontecido se ele tivesse escrito um livro a favor do casamento gay e um empregado conservador reclamasse.

“Eles provavelmente já teriam demitido o funcionário conservador”, conjecturou Turek.

Ele também deixou claro em sua carta que ele respeita todas as pessoas e concorda com o banco sobre o valor de “inclusão” para garantir que as pessoas trabalhem juntas cordial e profissionalmente, apesar dos diversos pontos de vista político, moral ou religioso.

Turek também explicou que defende a visão do casamento entre homem e mulher “não por causa de ódio ou fanatismo, mas por causa dos fatos biológicos da natureza que a única relação que pode procriar e trazer a próxima geração e melhor nutrir a próxima geração é quando um homem e uma mulher ficam juntos”.

Ao que tudo indica o Bank Of America vai marcar uma reunião com o consultor nos próximos dias para tentar desfazer o erro. “Pelo menos algumas pessoas lá estão me dizendo que eles percebem a hipocrisia, mas vamos ver onde isto vai”.

Seu recado final da rádio foi de que todas as corporações estão “tentando doutrinar os funcionários a aceitar certos comportamentos sexuais, principalmente a homossexualidade”.

“Acho que eles devem ensinar às pessoas que elas devem respeitar as outras pessoas, porque eles são seres humanos, não porque eles dormem com uma certa pessoa”, acrescentou.

Fonte: Gospel Prime

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Mês da Juventude - IRADO! COMO ELE ESTÁ EM RELAÇÃO À MIM? Hb9.27

Prezados Jovens! Este é o mês da Juventude! Meu desejo é que a cada dia sejam contaminado smais e mais por esse amor imenso que recebemos gratuitamente de nosso Senhor. Busquem a Deus com todas as suas forças, todo seu entendimento e todo seu coração.

O tema escolhido, tenho certeza, não poderia ser melhor. Tive o privilégio de conversar com o Cido, Juninho, Santiago e mais outros jovens ontem e meu coração se incendiou! Aproveite esta oportunidade que Deus está lhe dando e "entre nessa onda"!.

Baseado em "Pecadores nas mãos de um Deus irado" (Jonathan Edward) o mês da juventude em Agosto será muito especial, pode ter certeza. Durante esta semana estarei publicando uma série de 5 capítulos em forma de vídeo sobre o tema. Que Deus os abençoe!



quinta-feira, 21 de julho de 2011

Novela da Globo volta a ridicularizar pastores

No Brasil, Insensato Coração é a novela com maior número de homossexuais até o momento.
Segundo o jornal O Dia, a parceria Gilberto Braga e Ricardo Linhares, os autores, escreveram cenas de selvageria contra casais gays que irá ao ar nas próximas semanas.

Na segunda-feira, dia 18, uma cena causou protestos contra a Rede Globo. O personagem Chicão (Wendell Bendelack) tem uma fala em que ridiculariza os pais evangélicos, afirmando que eles são idiotas manipulados por um pastor evangélico, e por este motivo os tratam mal.

¬A tentativa de ridicularizar líderes e cristãos evangélicos em geral gerou reações contra a emissora. O Pastor Silas Malafaia enviou carta de protesto à alta cúpula da emissora.

Faça o mesmo, mostre sua insatisfação:

Atendimento da Rede Globo:
http://falecomaredeglobo.globo.com/

Luciano Ferrari

sábado, 28 de maio de 2011

Projeto Contra Homofobia e a Bíblia

Minha crença é baseada na Bíblia, e esta é muito clara no que diz respeito ao homossexualismo. No Velho Testamento temos referência em Genesis 19, quando os homossexuais tentaram abusar de dois anjos, Juízes 19 e Levíticos 18. Todos são exemplos de práticas homossexuais e como tal prática era rejeitada pelo povo de Deus. O próprio Deus pede para seu povo não imitar as práticas imundas dos Cananeus.

No Novo Testamento também temos informações muito claras como em Romanos. A palavra sodomita é encontrada diversas vezes como sinônimo de homossexualismo. Veja um exemplo de Romanos 1.26-27:

“porque até as suas mulheres trocaram o modo natural de suas relações íntimas, por outro contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo em si mesmos a merecida punição do seu erro.”

Ou este texto, em 1 Coríntios 6.9 a 11:

“Ou não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem ladrões, nem avarentos, nem bêbados, nem maldizentes, nem roubadores herdarão o reino de Deus. Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados, em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”

Minha intenção não é de estressar todos os textos existentes na Bíblia a respeito do assunto. Neste momento eles são suficientes para mim. Quero apenas mostrar que homossexualismo já há muito tempo faz parte do contexto social dos seres humanos. E que essas práticas são condenadas pela Bíblia. Esse princípio viola a ordem e a essência da própria criação divina, não é possível atender ao “sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra” e distorce a imagem de Deus, já que Ele não nos criou assim.

Sou contra o projeto de Lei contra a homofobia que está parado na câmara. Não porque odeio os homossexuais, mas por achar que fere a constituição e destrói o conceito de família criado por Deus. Perante a constituição os homossexuais são pessoas como todos nós e possuem os mesmos direitos. Porque precisamos distribuir nas escolas vídeos e materiais que estimulam a homossexualidade? Os homossexuais não precisam deste projeto para garantirem seus direitos, eles já são garantidos pela constituição. Qualquer projeto de lei que visa um grupo específico, está privilegiando esse grupo em detrimento de outros. Não seria isso um ato preconceituoso também?

Gostaria de finalizar apenas dizendo mais uma vez que não odeio os homossexuais e que vejo também uma outra realidade muito triste em nossas igrejas que deve ser duramente contestada. Nossas igrejas não estão preparadas para receber os homossexuais. Ainda existe muito preconceito, e muita dificuldade em aceita-los em nosso meio. Mas não foi isso que Jesus fez. Para quem é direcionada as igrejas? Para os salvos? Os perfeitos? Os sacerdotes? Entendo que a igreja é justamente para os pecadores, para os impuros, porque são estes que precisam ser restaurados. E longe de mim querer dizer que eu santo, puro. “Porque todos pecaram e destituídos estão da Gloria de Deus”. Mas Deus quer me transformar a cada dia e somente Ele pode me transformar. E Ele também quer transformar você, homossexual. Deus te ama!

Luciano Ferrari


terça-feira, 26 de abril de 2011

Bem-aventurado aquele quie vigia

"(Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua nudez.) "

Apocalipse 16.15



"Nós morremos diariamente", disse o apóstolo. Esta era a vida dos primeiros cristãos, eles iam por toda parte com suas vidas em suas mãos. Hoje em dia não temos que passar pelo medo das perseguições. Se fôssemos, o Senhor nos daria a graça para suportar a prova, mas os testes da vida cristã nos dias de hoje, embora não seja aparentemente tão terríveis, possuem uma probabilidade muito maior de nos vencer do que naquela época difícil para os cristãos. Temos que suportar o escárnio mundo, seus agrados, suas palavras suaves, seus bajuladores, a sua hipocrisia, tudo isso é muito pior. Corremos o risco de ficarmos ricos e nos tornarmos orgulhosos, de aderirmos à moda, e perdemos a nossa fé. Ou, se a riqueza não é o problema, o tempo que gastmamos com cuidados mundanos é tão pernicioso quanto. Se não podemos mais sermos rasgados em pedaços por um leão a rugir, se podemos ser abraçada à morte por um urso, o diabo não se importa, contanto que ele destrua o nosso amor a Cristo, e nossa confiança nele. Eu temo que a igreja cristã hoje é muito mais susceptível a perder sua integridade nestes dias tranquilos e sedosos do que naqueles tempos rígidos de perseguição. Temos de ser acordados agora, porque atravessamos a terra encantada, e estamos mais propensos a adormecer ao som da nossa própria ruína, a menos que nossa fé em Jesus seja uma realidade, e o nosso amor a Jesus seja forte o suficiente. Muitos, nestes dias "fáceis" provavelmente serão joio e não trigo; hipócritas com máscaras de justos, mas estes não são os verdadeiros filhos nascidos do Deus vivo. Cristãos, não pense que estes são tempos em que você pode dispensar a vigilância ou aquele ardor santo, você precisa dessas coisas mais do que nunca, e que Deus o Espírito eterno, mostre sua onipotência em você, e que você possa ser capaz de dizer, diante dessas coisas mais suaves, assim como nas mais ásperas, "Nós somos mais que vencedores, por aquele que nos amou."
Luciano Ferrari

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Livra-me dos Crimes de Sangue

“Livra-me dos crimes de sangue, ó Deus, Deus da minha salvação, e a minha língua cantará alegremente a tua justiça.”
Salmos 51.14



Nesta confissão solene, é muito bom ver Davi dar claramente o nome de seus pecados. Ele não o chama de homicídio culposo, nem como uma imprudência de um lamentável acidente de um homem digno, mas ele o chama pelo seu nome verdadeiro: crime de sangue.
Ele não chegou a matar diretamente o marido de Bate-Seba, mas Davi tinha planejado a morte de Urias em seu coração e perante o Senhor, ele foi o verdadeiro assassino. Aprenda a ser honesto com Deus em sua confissão. Não dê nomes razoáveis aos pecados sujos; não importa como você os chame, eles não vão cheirar melhor. A forma como Deus os vê, é a forma como você deve senti-los; e com o coração totalmente sincero, reconhecer sua real característica. Observe que Davi estava evidentemente oprimido com seu pecado hediondo. É fácil usar palavras, mas é difícil sentir seu significado. Salmos 55 retrata um espírito contrito. Vamos buscar o quebrantamento do nosso coração; pois não importa quão excelentes são nossas palavras, se nosso coração não é consciente do verdadeiro merecimento do nosso pecado, não podemos esperar sermos perdoados.
Nosso texto reflete uma oração sincera, dirigida ao Deus da Salvação. E sua prerrogativa é perdoar; Ele salva aqueles que buscam sua face. Melhora ainda, o texto chama o nosso Deus de o Deus da minha salvação. Bendito seja o nome Dele, pois enquanto estou indo ao encontro Dele através do sangue de Jesus, posso me alegrar no Deus da minha salvação.
O salmista termina com um voto: que se Deus o livrar ele cantará com alegria e em alta voz. Quem não cantaria após receber tamanha misericórdia? Observa o título do salmo – “TUA JUSTIÇA”. Devemos cantar toda obra completa no nosso precioso Salvador; e aquele que recebeu a maior porção de amor, quanto maior o perdão recebido, mais alto será sua canção.

Luciano Ferrari

terça-feira, 5 de abril de 2011

Antes da Honra vai a Humildade

"O temor do Senhor é a instrução da sabedoria; e adiante da honra vai a humildade"
 Provérbios 15:33



A humildade da alma sempre traz uma bênção positiva sobre ela. Se esvaziarmos nossos corações de nós mesmos, Deus irá preenchê-los com seu amor. Aquele que deseja estreita comunhão com Cristo deve se lembrar da palavra do Senhor, “Mas eis para quem olharei: para o humilde e contrito de espírito, que treme da minha palavra.” Incline-se para subir aos céus. Não dizemos de Jesus, “Ele desceu para que pudesse subir?” assim você deve fazer também. Você precisa diminuir para poder crescer; pois a doce comunhão como o céu é feita por almas humildes, e somente dessa forma. Deus não vai negar a sua bênção para um espírito completamente humilde. “Bem-aventurados os pobres de espírito, pois deles é o reino dos céus,” com todas as suas riquezas e tesouros. Todo o tesouro de Deus pode ser dado como presente à alma humilde suficiente para recebê-lo sem se tornar orgulhoso por isso. Deus abençoa a todos nós até a plena medida da extremidade e do que é seguro para ele fazer. Se você não recebe uma bênção, é porque não é seguro que você a receba. Se nosso Pai Celestial permitir uma vitória de nosso espírito orgulhoso em nossa guerra spiritual, iríamos furtar a coroa para nós mesmos, e iríamos ao encontro de um novo inimigo do qual seríamos vítima; por isso somos mantidos baixos em nossas posições, para nossa própria segurança. Quando um home é sinceramente humilde, e nunca se arrisca a tocar nem mesmo um grão de louvor, não há praticamente nenhum limite para o que Deus pode fazer com ele. A humildade nos faz aptos a recebermos as bênçãos do Deus de toda Graça, e cabe à nós lidarmos de forma eficaz com nossos semelhantes. A verdadeira humildade é uma flor que pode adornar qualquer jardim. É um molho como o qual você pode acrescentar a cada prato da sua vida, e você encontrará uma melhora em todos os casos. Quer se trate de oração ou louvor, quer seja trabalho ou sofrimento, o autêntico sal da humildade não pode ser usado em excesso

Luciano Ferrari

segunda-feira, 21 de março de 2011

Os Protocolos dos Sábios de Sião

Com o intuito de esclarecer uma grande mentira que ainda hoje é propagada, segue uma matéria relacionado à esse plágio "Protocolos dos Sábios de Sião", um texto completamente anti-semitista. (Luciano Ferrari)

Adolf Hitler e seu Ministério da Propaganda usaram
os "Protocolos" para justificar a necessidade
do extermínio de judeus mais
de 10 anos antes da Segunda Guerra
Mundial
O livro apócrifo "Os Protocolos dos Sábios de Sião" é uma fraude feita na Rússia pela Okhrana (polícia secreta do czar Nicolau II), que culpa os judeus pelos males do país. Ele foi publicado privadamente em 1897 e tornado público em 1905. É copiado de uma novela do século XIX (Biarritz, 1868) e afirma que uma cabala secreta judaica conspira para conquistar o mundo.

A base da história foi criada por um novelista anti-semita alemão chamado Hermann Goedsche, que usou o pseudônimo de Sir John Ratcliffe. Goedsche roubou a idéia de outro escritor, Maurice Joly, cujos "Diálogos no Inferno entre Maquiavel e Montesquieu" (1864) envolviam uma conspiração do inferno contra Napoleão III. A contribuição original de Goedsche consistiu na introdução dos judeus como os conspiradores para a conquista do mundo.

O Império Russo usou partes da tradução russa da novela de Goedsche, publicando-as separadamente como os "Protocolos", e afirmando que se tratava de atas autênticas de reuniões secretas de judeus. O seu propósito era político: reforçar a posição do czar Nicolau II, apresentando os seus oponentes como aliados de uma gigantesca conspiração para a conquista do mundo. O czar já via o "Manifesto Comunista" de Marx e Engels (de 1848) como uma ameaça. Como Marx era judeu de nascimento, apesar de não seguir a religião e de propor um regime político onde ela seria banida, a origem dele poderia ser usada para fundamentar a "ameaça judaica".

Os "Protocolos" são uma fraude de uma ficção plagiada. Eles foram denunciados como fraude em 1921 por Philip Graves, um correspondente do "London Times"; por Herman Bernstein em "The Truth About The Protocols of Zion: A Complete Exposure" (Ktav Publishing House, New York, 1971); e por Lucien Wolf em "The Jewish Bogey and the Forged Protocols of the Learned Elders of Zion" (Londres: Press Committee of the Jewish Board of Deputies, 1920).

Henry Ford e a versão
em alemão de seu livro
"O Judeu Internacional"






Os "Protocolos" foram publicados nos EUA num jornal de Michigan cujo proprietário era Henry Ford (o criador dos automóveis Ford), ele mesmo autor de um livro tremendamente anti-semita chamado "O Judeu Internacional". Mesmo após a sua denúncia como fraude, o jornal continuou a citar o documento.

Adolf Hitler e seu Ministério da Propaganda usaram os "Protocolos" para justificar a necessidade do extermínio de judeus mais de 10 anos antes da Segunda Guerra Mundial. Segundo a retórica nazista, a conquista do mundo pelos judeus, descoberta pelos russos em 1897, estava obviamente sendo levada a cabo 33 anos depois.

Os "Protocolos" continuam a enganar pessoas e ainda são citados por indivíduos e grupos racistas, supremacistas brancos, nazistas e neo-nazistas como a causa dos males dos povos, quer estejam sob governos democráticos, ditatoriais, de esquerda, de direita, teocráticos ou de qualquer outro regime.

Os "Protocolos" foram publicados em várias línguas, inclusive português, espanhol, inglês, russo, vários idiomas da Europa Oriental, árabe, línguas asiáticas, etc. Enquanto Hitler os usou para "provar" que os judeus eram culpados pela Revolução Comunista na Rússia em 1917, os neo-nazistas russos e os nacionalistas-comunistas russos os usam atualmente para provar que os judeus são os responsáveis pela queda do comunismo e pela democratização do país.

O texto falso, a fraude feita por um governo imperial decadente e cruel com seu próprio povo, é tão convincente que, passados mais de 100 anos, ainda é apresentado como uma das maiores revelações que todo bom racista deveria conhecer. (extraído de http://www.midiajud.org/ - http://www.beth-shalom.com.br/)

Pequena crononologia dos "Protocolos"


1848 "Manifesto Comunista".


1864 "Diálogos no Inferno entre Maquiavel e Montesquieu" contra Napoleão III.


1868 Herman Goedsche reescreve os diálogos e troca os conspiradores por judeus.


1897 A Okhrana publica os "Protocolos" de forma restrita na Rússia.


1905 Os "Protocolos" são publicados na Rússia.


1917 Revolução Russa.


1920 Denunciados pela primeira vez em Londres.


1921 Denunciados pela segunda vez em Nova Iorque.


1923 Hitler escreve "Mein Kampf" ["Minha Luta"] na prisão.


1971 Trabalho completo sobre os "Protocolos" publicado em Nova Iorque.


1994 Começa a tradução e divulgação dos "Protocolos" pela internet em várias línguas.


2000 Grupos de extrema-direita e extrema-esquerda, além dos países árabes, usam os "Protocolos" para justificar seu ódio aos judeus para fins políticos.

Publicado anteriormente na revista Notícias de Israel, julho de 2002.

sábado, 19 de março de 2011

Fortes na Fé

“...contudo, à vista da promessa de Deus, não vacilou por incredulidade, antes foi fortalecido na fé, dando glória a Deus...”
Romanos 4:20

Cristãos, é melhor tomar cuidado com a tua fé! Para lembrar, a fé é a única maneira pela qual você pode obter bênçãos. Se queremos as bênçãos de Deus, nada pode obtê-las exceto por meio da fé. Oração não pode tirar respostas do trono de Deus a não ser que seja uma oração fervorosa, de alguém que realmente acredita. A fé é o mensageiro angelical entre a alma e o Senhor Jesus em Sua glória. Sem ela não podemos nem enviar nossas orações, nem receber as respostas de Deus. A fé é como um “link” de uma rede “wireless” (sem fio), que interconecta a “rede” da Terra com a “rede” do Céu, sendo essa conexão nada comparada às redes que conhecemos hoje (Speedy, Virtua, etc ). Porque este link da fé ao contrário, é extremamente rápido e seguro. Mas a qualidade dessa conexão dependede nós. Se a conexão é interrompida, como podemos receber a promessa? Você está em apuros? Você pode obter a ajuda para seus problemas por meio da fé. Está sendo atacado pelo seu inimigo? Nossa alma se refugia no Senhor pela nossa fé. Mas se abandonar a tua fé, em vão pedirá a Deus. Não existe conexão entre sua alma e o céu. Previna-se de todas as maneiras atualizando seu antivírus, fazendo backups de seus dados, instalando um “no-break” para garantir sua conexão com Deus. Cada um deve buscar os seus próprios motivos que prejudicam sua fé para eliminá-los. Porque a fé nos reveste com o poder de Deus. A fé garante todos os atributos de Deus em nossa defesa. Ajuda-nos a desafiar os hackers do mal, os crackers da nossas vidas que estão aí para destruir nossa conexão, para nos roubar... A fé me faz marchar triunfante sobre meus inimigos. Mas sem fé como posso receber qualquer coisa do Senhor? Não deixe aquele que duvida, que é como uma onda do mar, achar que ele irá receber qualquer coisa de Deus! Portanto cristãos, cuide bem da tua fé; com ela, você pode ganhar todas as coisas. "Se tu podes crer, tudo é possível ao que crê".

Luciano Ferrari

terça-feira, 15 de março de 2011

De todo seu coração

“E toda a obra que empreendeu no serviço da casa de Deus, e de acordo com a lei e os
mandamentos, para buscar a seu Deus, ele a fez de todo o seu coração e foi bem sucedido.”
2 Crônicas 31:21

Não se trata de nenhuma ocorrência incomum. É uma regra moral universal a qual diz que os homens que prosperam são os que fazem seu trabalho com todo o seu coração, enquanto aqueles que estão quase certos da falha são os que vão para seu trabalho deixando metade de seus corações para trás. Deus não dá colheitas para homens ociosos exceto colheitas de cardos (uma espécie de plantas com espinhos nas folhas, no caule e/ou nas inflorescências), nem tem o prazer de enviar riqueza para aqueles que não cavam no campo para encontrar seu tesouro escondido. É também largamente difundido que se um homem quer prosperar, ele deve ser diligente no negócio. O mesmo deve ser na religião. Se você quer prosperar em seu trabalho para Jesus, faça o trabalho de coração, com todo seu coração. Coloque toda sua força, energia, cordialidade e seriedade na religião, como também o faz nos negócios, porque Deus merece muito mais, Ele merece o melhor de nós. O Espírito Santo nos ajuda em nossas fraquezas, mas ele não vai incentivar nossa ociosidade; Ele ama crentes ativos.

Quem são os homens mais úteis na igreja cristã? Os homens que fazem o que se comprometeram com Deus, fazendo de todo seu coração. Quem são os professores de escola dominical mais bem sucedidos? O mais talentoso? Não! Os mais zelosos. Os homens cujos corações estão em chamas, esses são os homens que vêem seu Senhor cavalgando adiante em prosperidade, na majestade de sua salvação. Aqueles que colocam todo seu coração, se mostram perseverantes; pode haver alguma falha no início, mas o trabalhador diligente dirá "Esta é a obra do Senhor, e deve ser completada; meu Senhor tem me ordenado a fazê-lo e através da Sua força eu vou realizar".

Cristãos, vocês estão agindo com todo o seu coração, servindo a seu Mestre? Lembre-se de como Jesus era diligente, zelozo! Pense em como ele colocava todo o seu coração naquilo que fazia! Quando ele suou grandes gotas de sangue, não foi nenhum fardo leve que ele teve que carregar sobre seus ombros; e quando ele derramou seu coração, não foi pouco o esforço que ele estava fazendo para a salvação do seu povo. E como nós temos sido? Indiferentes? Insensíveis?

Luciano Ferrari

sexta-feira, 11 de março de 2011

Pecado... Excessivamente Maligno


Logo o bom tornou-se morte para mim? De modo nenhum; mas o pecado, para que se mostrasse pecado, operou em mim a morte por meio do bem; a fim de que pelo mandamento o pecado se manifestasse excessivamente maligno. Romanos 7.13

Paulo explica que a lei não foi dada para justificar o homem diante de Deus, mas para criar nele a consciência do pecado. Conclui-se que a lei foi dada por Deus não para salvar, mas para nos mostrar que somos pecadores. A lei, uma vez conhecida, traz inconscientemente o pecado para a consciência e assim o indivíduo passa a ser realmente um transgressor da lei. O pecado se torna seu senhor embora ele se esforce para resistir-lhe. O apóstolo Paulo revela o desespero da pessoa que, à medida que toma conhecimento do poder do pecado que o reduz à miséria espiritual, até que certo ponto a alma é impelida a clamar grandemente por salvação.

Devemos ter muito cuidado com os pequenos pensamentos pecaminosos. Quando uma pessoa é recém convertida, sua consciência é tão sensível, que ela teme qualquer sinal de pecado. Jovens convertidos, possuem uma timidez santa, e um forte medo de offender à Deus. Mas com o tempo isso vai sendo dissipado, sendo removido através do convívio com tudo o que nos cerca neste mundo.
É uma triste verdade que mesmo um cristão verdadeiro, pode ir perdendo o sentido de alarme do pecado. E em pequenos passos, aos poucos o homem se torna familiar com o pecado. Inicialmente um pequeno pecado nos assusta, mas com o tempo dizemos, “Este não foi algo pequeno?”. Então cometemos outro pecado, ainda maior, depois outro, e assim vai até assumirmos a falsa presunção: “Não cometemos realmente um pecado. Tropeçamos sim, mas em termos gerais estivemos bem. Acabamos proferindo uma palavra que não devíamos, mas na maior parte da conversa, ela foi consistente.”Com isso nós minimizamos o pecado, lançamos uma capa sobre ele.

Cristãos, muito cuidado com o mais leve pensamento pecaminoso. Muito cuidado para que você não caia de pouco em pouco. Pecado é algo pequeno? Não seria um veneno? Quem conhece seus limites? Pecado é algo pequeno? Não sabe que um pequeno coral constrói uma rocha que pode destruir o casco de uma embarcação? Que com pequenas machadadas grandes carvalhos podem ir ao chão? Que a água batendo nas rochas repedidas vezes pode desgastá-las? Pecado é algo pequeno? Foi o pecado que envolveu a cabeça de nosso Redentor na cruz e penetrou seu coração! Ele o fez sofrer angústia, amargura e dor. Se você pudesse pesar o menor pecado na escala da eternidade, você correria dele como correria de uma serpente. Entenda todo pecado como aquilo que crucificou o nosso Salvador e você o verá como “excessivamente maligno”.


Luciano Ferrari

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Moisés Brincalhão

Via S&H

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Pelos olhos

Antigamente convertia-se o Mundo, hoje por que se não converte ninguém?

Porque hoje pregam-se palavras e pensamentos, antigamente pregavam-se palavras e obras. Palavras sem obra são tiros sem bala; atroam, mas não ferem. A funda de David derrubou o gigante, mas não o derrubou com o estalo, senão com a pedra. Por isso Cristo comparou o pregador ao semeador. O pregar que é falar faz-se com a boca; o pregar que é semear, faz-se com a mão. Para falar ao vento, bastam palavras; para falar ao coração, são necessárias obras.
Diz o Evangelho que a palavra de Deus frutificou cento por um. Que quer isto dizer? Quer dizer que de uma palavra nasceram cem palavras? – Não. Quer dizer que de poucas palavras nasceram muitas obras. Pois palavras que frutificam obras, vede se podem ser só palavras!
Quis Deus converter o Mundo, e que fez? – Mandou ao Mundo seu Filho feito homem. Notai. O Filho de Deus, enquanto Deus, é palavra de Deus, não é obra de Deus: No princípio era o Verbo. O Filho de Deus, enquanto Deus e Homem, é palavra de Deus e obra de Deus juntamente: E o Verbo se fez carne. De maneira que até de sua palavra desacompanhada de obras não fiou Deus a conversão dos homens. Na união da palavra de Deus com a maior obra de Deus consistiu a eficácia da salvação do Mundo.
Verbo Divino é palavra divina; mas importa pouco que as nossas palavras sejam divinas, se forem desacompanhadas de obras. A razão disto é porque as palavras ouvem-se, as obras veem-se; as palavras entram pelos ouvidos, as obras entram pelos olhos, e a nossa alma rende-se muito mais pelos olhos que pelos ouvidos. No Céu ninguém há que não ame a Deus, nem possa deixar de o amar. Na terra há tão poucos que o amem, todos o ofendem. Deus não é o mesmo, e tão digno de ser amado no Céu e na Terra? Pois como no Céu obriga e necessita a todos a o amarem, e na terra não? A razão é porque Deus no Céu é Deus visto; Deus na terra é Deus ouvido. No Céu entra o conhecimento de Deus à alma pelos olhos: Então o veremos como ele é; na terra entra-lhe o conhecimento de Deus pelos ouvidos: A fé vem pelo ouvir; e o que entra pelos ouvidos crê-se, o que entra pelos olhos necessita.
Viram os ouvintes em nós o que nos ouvem a nós, e o abalo e os efeitos do sermão seriam muito outros.

Pe. Antonio Vieira, no Sermão da Sexagésima (1655)
via A Bacia das Almas

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Enredo simplório limita interesse de “Sansão e Dalila”


Apesar do assédio de todas as hebréias, Sansão se encanta logo por uma filistéia, para desgosto dos pais, no primeiro capítulo da minissérie da Record
 Mauricio Stycer
.
“Sansão e Dalila”, como todas as histórias do Velho Testamento, se presta a diferentes interpretações, análises e paralelismos. No caso da minissérie da Record, a julgar pelo primeiro capítulo, o interesse parece se resumir à oposição mais simplória que a lenda sugere – o conflito entre os deveres do espírito e os chamados prazeres da carne.
A mais cara minissérie já realizada na televisão brasileira apresentou Sansão (Fernando Pavão) como um sujeito nada motivado pela nobre missão que Deus lhe confiou, a de libertar os hebreus da opressão imposta pelos filisteus, e exclusivamente interessado nas moças ao seu redor. “Você devia se preocupar mais com o trabalho do que ficar olhando as moças”, diz Manoá (Roberto Frota), pai de Sansão.
Para piorar, o herói não se deixa seduzir por nenhuma das hebréias que sorriem para ele e se encanta justamente por uma filistéia, com quem troca um rápido olhar numa feira.
Do outro lado, Dalila (Mel Lisboa) é apresentada como uma mulher de beleza incomparável e, para piorar, sedutora. “Até o mais forte dos homens sucumbiria à sua beleza”, diz Zaíra (Ítala Nandi). O padrasto de Dalila, Rudiju, vai enlouquecer por ela, dando a deixa para a mãe, Agar (Nina de Pádua), acusar a filha: “Planta a semente, depois colhe”.
O primeiro capítulo também sofreu por conta do tom declamatório, artificial, do texto dito pelos atores. “Eu vivo de fé”, diz Manoá, logo no início. “Da minha fé eu não abro mão”, declama Zilá (Lu Grimaldi), mãe de Sansão. “Deus não se oporá. Foi ele que a pôs no meu caminho”, recita o herói sobre a filistéia que o encanta. “Deus lhe deu a força, um dia lhe dará o entendimento”, replica a mãe, num de seus diálogos com o filho.
As tarefas e escolhas envolvidas na adaptação de uma lenda bíblica não são simples. A Record exibe uma produção de qualidade, com bons atores no elenco e uma boa edição, capaz de criar expectativas e manter a atenção do espectador no desenrolar da trama. Mas, ao fim dos 50 minutos do primeiro capítulo, não é possível deixar de lamentar que, entre tantas possibilidades, a emissora tenha optado pelo caminho mais óbvio para contar a sua história.

• minissérie bíblica CUSTOU R$ 15 milhões

fonte: UOL Televisão

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Conheça o Capitão Salvação, o super herói gospel

Tim Fumk

Um incêndio foge do controle dos bombeiros na fictícia cidade de Graceville. Uma voz é ouvida saindo de dentro do prédio em chamas: “Senhor, me ajude por favor, Deus!” O grito é de Bella Hope, uma órfã que deseja tornar-se uma grande missionária se conseguir sair dessa.

Suas chances de sobrevivência parecem pequenas, pois as chamas vigorosas fazem os bombeiros recuar. Eis que, surgindo do nada, aparece a resposta daquela oração. Um super-herói usando capa vermelha, com uma cruz estampada no peito entra no prédio, segura Bella nos braços e a leva até um lugar seguro, enquanto o prédio desaba em chamas.

Assim começa a saga do Capitão Salvação, estrela de uma nova série de HQ cristã criada por Curt Hawn, 48 anos, um pastor de jovens que mora na Carolina do Norte. Ele diz que descobriu cedo que “os meninos estão sempre à procura de um herói, alguém que possa servir de exemplo. Mas muitos desses ‘heróis’, que já estão presentes no atletismo e na indústria de entretenimento, não correspondem às expectativas deles.”
O sonho de Hawn é ganhar essas crianças, dando-lhes um super-herói cujo poder vem de sua aliança com o Deus Todo-Poderoso.

Os ajudantes do Capitão

Hawn quer alcançar as crianças com sua história em quadrinhos, que já foi enviada a missionários em várias partes do mundo, e com apresentações em igrejas, escolas e shows de música cristã. Nessas ocasiões, quem encarna o Capitão Salvação é Shane Burton, ex-jogador de futebol americano.
Hawn também trouxe para a equipe Joshua Carpenter, 26 anos. Formado em teologia, esse ex-conselheiro de acampamento cristão zela para que as  histórias sejam ao mesmo tempo fiéis à Bíblia e relevantes para os jovens de hoje.
Para criar essa imagem típica de super-heróis de histórias em quadrinhos, Hawn contratou Greg Waller, artista que já trabalhou para a Marvel e a DC. Waller criou o Capitão a partir dos esboços feitos pelo próprio Hawn.Assim começa a saga do Capitão Salvação, estrela de uma nova série de HQ cristã criada por Curt Hawn, 48 anos, um pastor de jovens que mora na Carolina do Norte. Ele diz que descobriu cedo que “os meninos estão sempre à procura de um herói, alguém que possa servir de exemplo. Mas muitos desses ‘heróis’, que já estão presentes no atletismo e na indústria de entretenimento, não correspondem às expectativas deles.”

O sonho de Hawn é ganhar essas crianças, dando-lhes um super-herói cujo poder vem de sua aliança com o Deus Todo-Poderoso.

Os ajudantes do Capitão

Hawn quer alcançar as crianças com sua história em quadrinhos, que já foi enviada a missionários em várias partes do mundo, e com apresentações em igrejas, escolas e shows de música cristã. Nessas ocasiões, quem encarna o Capitão Salvação é Shane Burton, ex-jogador de futebol americano.

Hawn também trouxe para a equipe Joshua Carpenter, 26 anos. Formado em teologia, esse ex-conselheiro de acampamento cristão zela para que as histórias sejam ao mesmo tempo fiéis à Bíblia e relevantes para os jovens de hoje.

Para criar essa imagem típica de super-heróis de histórias em quadrinhos, Hawn contratou Greg Waller, artista que já trabalhou para a Marvel e a DC. Waller criou o Capitão a partir dos esboços feitos pelo próprio Hawn.
David Sparks Jr. (Josué), os autores Curt Hawn eJoshua Carpenter e Shane Burton (Capitão Salvação)
Para bancar tudo isso, Hawn vendeu a DTI Global, sua empresa de tecnologia que prestava serviços de documentação para escritórios de advocacia.

A venda deu-lhe o tempo e o dinheiro necessários para perseguir o que ele chama de “meu sonho: criar a maior escola dominical do mundo” através de histórias em quadrinhos, apresentações ao vivo e filmes das aventuras. Claro, todos estrelados pelo Capitão Salvação.
Para bancar tudo isso, Hawn vendeu a DTI Global, sua empresa de tecnologia que prestava serviços de documentação para escritórios de advocacia.

“Para a Moto Santa’




Em “O Reino Contra-ataca”, a primeira das cinco revistas em quadrinhos previstas, a equipe definiu as bases da trama. Disfarçado de um gentil vendedor de vitaminas, o personagem que vai se tornar o Capitão Salvação é filho e neto de super-heróis. Assim como seus antecessores, ele resolve usar sua própria força para realizar boas obras. Mas depois de sobreviver a um ataque em que os vilões amarram uma bomba em seu peito, ele aceita a Cristo. Ele “nasce de novo” e surge também o Capitão Salvação, dedicado a fazer a vontade divina, sempre confiando no poder de Deus.

“Vitória! Em nome de Jesus!” diz o Capitão Salvação, enquanto derrota um robô gigante que age em conluio com as forças demoníacas.

O musculoso Capitão tem um ajudante mascarado: Josué, que sempre cita a Bíblia e, assim como Davi derrotou Golias, usa uma funda que lança pedras mágicas.

Sua versão do Batmóvel é uma motocicleta Harley Davidson com um carrinho lateral (foto acima). ”Rápido, Josué”, diz o Capitão Salvação sempre que surge um novo mal para combaterem, “para a MOTO SANTA!”

Quem dá instruções e poder aos bandidos são demônios de rosto vermelho, que vestem terno e têm chifres e asas de dragão. Quem ajuda a dupla religiosa é Sozo, um anjo que mais parece jogador de futebol americano, um ser com asas brancas, rosto azul e que usa um brinco de ouro.

Pai de três filhos, Hawn usa alguns elementos autobiográficos. Por exemplo: Bella Hope foi inspirada na avó dele, que também era órfã.

No final da HQ, o Capitão Salvação pede que as crianças orem com ele para “ativar a sua salvação”.

A oração diz: “Querido Jesus, obrigado por morrer por mim e ressuscitar. Venha ao meu coração e perdoe os meus pecados. Eu lhe dou minha vida a partir de agora. Amém”.

Até agora, diz Hawn, 1.200 crianças já repetiram essa oração. Isso é tudo o que ele quer. “Meu objetivo sempre foi inscrever a palavra de Deus no coração das crianças”, afirma.

Sua história

Hawn sempre frequentou igrejas evangélicas. Quando mudou para Chicago, com o objetivo de seguir carreira nos negócios, ofereceu-se para organizar uma escola bíblica de férias e atrair crianças para a igreja. Foi então que nasceu o seu super-herói, no verão de 1991. O nome original era Capitão Bill, usava roupas vermelhas e era vivido pelo policial aposentado Bill Feffer.

Partiu de Feffer a idéia de mudar o nome do personagem para Capitão Salvação, citando a carta de Paulo aos Hebreus (2.10). A versão em inglês refere-se a Jesus como “capitão da salvação deles”.

Mais tarde, quando sua visão comercial para o personagem cresceu, Hawn registrou a marca “Capitão Salvação.” Na região de Charlotte, Carolina do Norte, onde mora desde 1997, ele encontrou as outras pessoas que agora trabalham com ele na realização de seu sonho.

Milhares de Capitães

No ano 2000 ele conheceu Carpenter, co-fundador da revista em quadrinhos, em um acampamento da sua igreja em Hendersonville. Formado pelo Instituto Cristo para as Nações, em Dallas, Carpenter o ajudou a fazer com que as histórias fossem melhor fundamentadas na Bíblia. Depois, também assumiu o departamento de marketing da editora. Ele ajudou a introduzir o Capitão Salvação nas lojas ligadas à Associação de Livreiros Cristãos e também em algumas rádios do segmento. Ele trabalhou ainda com uma banda de rock para compor músicas que farão parte de um futuro CD do Capitão Salvação.

Na igreja Freedom House, que Hawn frequenta em Charlotte, ele conheceu Burton, um homem com mais de dois metros e que pesa 150 quilos. O ex-zagueiro foi vice-campeão da NFL em 2004 jogando pelo Carolina Panthers. Mas quando eles se conheceram, em 2007, Burton estava mais interessado em ganhar almas.

Ele foi me cumprimentar e quase esmagou minha mão. Então me disse: “Toda vez que vejo você, penso em crianças”. Eu respondi: “Talvez Deus esteja planejando algo. Criei recentemente uma revista em quadrinhos”.

Agora, uma vez por mês, Burton interpreta o Capitão Salvação para diferentes grupos de crianças. Ele é acompanhado por David Sparks Jr., um mecânico e diácono da Freedom House, que se veste como Josué, o ajudante do Capitão.

Mas se Hawn alcançar seu objetivo, muitos outros irão encarnar os super-heróis que ele criou. Igrejas poderão encomendar os quadrinhos (as próximas três edições já foram escritas) e receber gratuitamente os direitos para usar o uniforme nas escolas dominicais, viagens missionárias e em escolas bíblicas de férias.

“Quero ver milhares de pessoas vivendo o Capitão Salvação. Esse é meu alvo final. Nós só queremos espalhar o evangelho”, finaliza Hawn.

Conheça mais sobre o Capitão Salvação AQUI. E, como todo herói moderno, ele tem uma conta no Twitter AQUI. 

Fonte: Charlotte Observer

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Quanto Custa ser um Cristão?

“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar?” (Lucas 14:28)

Este versículo é de grande importância. Poucas são as pessoas que não têm freqüentemente de fazer esta pergunta: “Quanto custa?”. Ao comprar um terreno, ao construir uma casa, ao mobiliar as habitações, ao fazer planos para o futuro, ao decidir a instrução e estudos dos filhos, etc., seria sábio e prudente que nos sentássemos a considerar com calma os gastos que tudo isso implicaria. As pessoas evitariam muitas moléstias e dores se ao menos fizessem a pergunta: “Quanto custa ser um crente verdadeiramente ser santo?” Estas perguntas são decisivas. Por não havê-las formulado desde um bom princípio, muitas pessoas que pareciam iniciar bem a carreira cristã, mais tarde mudaram seu rumo e se perderam para sempre no inferno.

Vivemos em tempos muito estranhos. Os acontecimentos se sucedem com extraordinária rapidez. Nunca sabemos “o que o dia nos trará”, quanto mais o que nos trará o ano! Nos nossos dias vemos muitos fazerem confissões de sua religiosidade. Em muitas partes do país as pessoas expressam vivo desejo de seguir um curso de vida santo e um grau mais alto de espiritualidade. É muito comum ver como as pessoas recebem a Palavra com alegria, porém depois de dois ou três anos se afastam e voltam a seus pecados. Há muitos que não consideram o custo de ser um verdadeiro cristão e um crente santo. Nossos tempos requerem de um modo muito especial que paremos e consideremos o custo e o estado especial de nossas almas. Este tema deve preocupar-nos. Sem dúvida o caminho da vida eterna é um caminho delicioso, porém seria loucura de nossa parte fechar os olhos ao fato de que se trata de um caminho estreito e que a cruz vem antes da coroa.

1) O que custa ser um verdadeiro cristão?

Desejo que não haja mal entendidos sobre este ponto. Não me refiro aqui ao quanto custa salvar a alma do crente. Custou nada menos do que o sangue do Filho de Deus ao redimir o pecador e livrá-lo do inferno. O preço de nossa salvação foi a morte de Cristo na cruz do Calvário. Temos “sido comprados por preço”. Cristo derramou o seu sangue em favor de muitos”(Marcos 14:241 Co.6:20). Porém não é sobre este tema que versa nossa consideração. O assunto que vamos tratar é distinto. Refere-se ao que o homem deve estar disposto a abandonar se deseja ser salvo; ao que deve sacrificar se se propõe a servir a Cristo. É neste sentido que formulo a pergunta: “Quanto custa?”.

Não custa grande coisa ser um cristão de aparência. Só requer que a pessoa assista aos cultos do domingo, duas vezes e durante a semana seja medianamente moralista. Este é o “cristianismo” da grande parte dos evangélicos da nossa época. Se trata, pois, de uma profissão de fé fácil e barata; não implica em abnegação nem sacrifício. Se este é o cristianismo que salva e o qual nos abrirá as portas da glória ao morrermos, então não temos necessidade de alterar a mundana descrição do caminho da vida eterna e dizer: “Larga é a porta e largo é o caminho que conduz ao céu”.

Porém, segundo o ensino Bíblico, custa caro ser cristão. Há inimigos que vencer, batalhas que evitar e sacrifícios que realizar; deve-se abandonar o Egito, cruzar o deserto, carregar o peso da cruz e tomar parte na grande caminhada. A conversão não consiste em uma decisão tomada por uma pessoa, em um confortável sofá, para logo em seguida ser levado suavemente ao céu. A conversão marca o início de um grande conflito, e a vitória vem após muitas feridas e contendas. Custa se obter a vitória. Daí concluirmos a importância de calcularmos este custo.

Tratarei de demonstrar de uma maneira precisa e particular o que custa ser um verdadeiro cristão. Suponhamos que uma pessoa esteja disposta a servir a Cristo e se sente impulsionada e inclinada a segui-lo. Suponhamos que como resultado de alguma aflição, de uma morte repentina, ou de um sermão, a consciência de tal pessoa tem sido avivada e agora se dá conta do valor da alma e sente o desejo de ser um verdadeiro cristão. Sem dúvida alguma, todas as promessas do Evangelho se lhe resultarão alentadoras; seus pecados, por muitos e grandes que sejam, podem ser perdoados; seu coração por frio e duro que seja, agora pode ser mudado; Cristo, o Espírito Santo, a misericórdia, a graça, tudo está à sua disposição. Porém, ainda, tal pessoa deveria calcular o preço. Vejamos uma por uma, as coisas que deverá desejar, ou, em outras palavras, o que lhes custará ser cristão

A) Custará sua Justiça Própria

Deverá abandonar o orgulho e a auto-estima de sua própria bondade; deverá contentar-se com o ir ao céu como um pobre pecador, salvo pela gratuita graça de Deus e pelos méritos e justiça de outro (Jesus). Deverá experimentar que “tem errado e se tem desgarrado como uma ovelha”; que não tem feito as coisas que deveria ter feito e feito coisas que não deveria; deve confessar que não há nada são nele. Deve abandonar a confiança em sua própria moralidade e respeitabilidade, e não deve basear sua salvação no fato de que tem ido à igreja, tem orado, tem lido a Bíblia e participado dos sacramentos do Senhor, mas que deve confiar, única e exclusivamente na pessoa e obra de Cristo Jesus.

Isto parecerá muito duro a algumas pessoas, porém não me surpreende que seja assim. “ Senhor - disse um lavrador, temeroso homem de Deus, a James Hervey - é mais difícil negar o nosso EU orgulhoso, que nosso EU pecador. Porém é absolutamente necessário que o neguemos . Aprendamos, pois, de uma vez por todas, que ser um verdadeiro cristão custará a uma pessoa perder sua justiça própria.

B) Custará seus pecados

Deverá abandonar todo hábito e prática que sejam maus aos olhos de Deus. Deve virar o seu rosto contra o pecado, romper com o pecado, crucificar o pecado, mesmo contra a opinião do mundo. Não pode estabelecer nenhuma trégua especial com nenhum pecado que amava antes da sua conversão. Deve considerar a todos os pecados como inimigos mortais de sua alma e odiar todo caminho de falsidade. Por pequenos ou grandes, ocultos ou manifestos que sejam os pecados, deve renunciar completamente a todos eles. Sem dúvida estes pecados tentarão vencê-lo, porém jamais poderá ceder. Sua luta contra o pecado será continua e não admitirá trégua de nenhum tipo. Está escrito: “Lançai de vós todas as vossas transgressões com que transgredistes...”. “cessai de fazer o mal” (Ez.18:31; ls.l:16).

Isto também parecerá muito duro para muitas pessoas; e vemos que freqüentemente nossos pecados são mais queridos do que nossos próprios filhos. Amamos o pecado, o abraçamos com todo nosso ser, nos agarramos a ele, nos deleitamos nele. Separar-nos do pecado é tão duro como separar-nos da nossa mão direita, e tão doloroso como se nos arrancassem um olho. Porém devemos separar-nos do pecado; não há outra alternativa possível. “Ainda que o mal lhe seja doce na boca, e ele o esconda debaixo da língua, e o saboreie, e o não deixe, antes o retenha no seu paladar.. “ ,sendo este o caso, devemos apartá-lo de nós si em verdade desejamos ser salvos (Jó 20:12-13). Se desejamos ser amigos de Deus, devemos primeiro romper com o pecado. Cristo está disposto a receber os pecadores, porém não aqueles que se agarram a seus pecados. Anotemos pois, também isto: o ser cristão custará a uma pessoa seus pecados.

C) Custará seu amor à vida fácil.

Para correr com êxito a corrida ao céu se requer esforço e sacrifício. Haverá de velar diariamente e estar alerta, pois se encontrará em território inimigo. Em cada hora e em cada instante deverá vigiar sua conduta, sua companhia e os lugares que freqüenta. Com muito cuidado haverá de dispor de seu tempo e vigiar sua língua, seu temperamento, seus pensamentos, sua imaginação, seus motivos e sua conduta em suas relações diárias. Terá que ser diligente em sua leitura da Bíblia, em sua vida de oração, na maneira como passa o Dia do Senhor e participa dos meios de graça. Certamente que não poderá conseguir perfeição em todas estas coisas, porém mesmo assim, não pode descuidar-se. “O preguiçoso deseja, e nada tem, mas a alma dos diligentes se farta” (Pv.13:4).

Também isto parece duro e difícil. Não há nada que nos desagrade tanto como as dificuldades na nossa confissão religiosa; por natureza evitamos as dificuldades. Secretamente desejaríamos que alguém pudesse cuidar de nossas obrigações religiosas e que desempenhasse por procuração nosso cristianismo. Não está de acordo com o nosso coração tudo aquilo que implique em esforço e trabalho; porém sem dor não há lucro para a alma. Deixemos bem firmado este fato: o ser cristão custará a uma pessoa seu amor pela vida fácil.

D) Custará o favor do mundo.

Se deseja agradar a Deus deve saber que será depreciado pelo mundo. Não deve estranhar se o mundo o engana, lhe ridiculariza, se levanta calúnias contra você e o persegue e o odeia. Não deve se surpreender se as pessoas o depreciam e com desdém condenam suas opiniões e práticas religiosas. Deve resignar-se a que o acusem de tolo, entusiasta e fanático, e inclusive que distorçam suas palavras e representem falsamente suas ações. Não se surpreenda de que o tachem de louco. O Mestre disse: “Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão vossa” (Jo.15:20).

Também isto parece duro e difícil. Por natureza nos desagrada o proceder injusto e as acusações falsas. Se não nos preocupa a boa opinião dos que nos rodeiam deixaríamos de ser de carne e osso._Sempre resulta desagradável ser o alvo de criticas injustificadas e objeto de mentira e falsas acusações; porém não podemos evitá-lo. Do cálix que bebeu o Mestre também devem beber seus discípulos. Estes devem ser “...desprezado, e o mais rejeitado entre os homens... (Is.53:3). Anotemos, pois, o dito: ser cristão custará a pessoa o favor do mundo .

Esta é, pois, a lista do que custará a uma pessoa ser cristã. Devemos aceitar o fato de que não é uma lista insignificante. Nada podemos riscar dela. Resultaria uma temeridade fatal se defendesse por justiça própria, os pecados, o amor à vida fácil, o amor ao mundo e crer que vivendo assim poder-se-ia salvar-se.

A realidade é esta: custa muito ser um verdadeiro cristão. Porém, que pessoa, no sentido pleno, pode dizer que este preço é demasiado elevado pela salvação da alma? Quando o barco está em perigo de afundar-se, a tripulação não vacila em lançar ao mar a preciosa carga. Quando a gangrena envolve a extremidade de um membro a pessoa se submeterá a qualquer operação, inclusive a amputação deste membro. Com maior motivo, pois, o crente está disposto a abandonar qualquer coisa que se levante entre sua alma e o céu. Uma religião que não custa nada, nada vale. Um cristianismo barato - sem a cruz - cedo ou tarde manifestará sua inutilidade; jamais levará a posse da coroa. Sem cruz não há coroa

II) A Importância de Calcular o Custo.

Facilmente poderíamos resumir o assunto estabelecendo o princípio de que nenhuma das obrigações prescritas por Cristo pode ser descuidada sem grande prejuízo para a alma. São muitos os que fecham os olhos para a realidade da fé salvadora e evitam considerar o quanto custa ser cristão. E para ilustrar o que digo eu os poderia descrever o triste fim daqueles que, ao declinar seus dias, se dão conta desta realidade e fazem esforços espasmódicos para voltar-se para Deus. Porém, com grande surpresa se dão conta de que o arrependimento e a conversão não eram tão fáceis como haviam imaginado e que custa “uma grande soma” ser um cristão. Descobrem, também, que os hábitos do orgulho e a indulgencia pecaminosa, junto com o amor a vida fácil e mundana, não podem abandonar-se tão facilmente como haviam pensado. E assim, depois de uma débil luta, caem em desespero a abandonam este mundo sem esperança, sem graça e sem estar preparados para comparecer diante de Deus. Em suas vidas alimentaram a idéia de que o assunto espiritual poderia ser solucionado prontamente e facilmente. Porém abrem seus olhos quando já é demasiado tarde e descobrem, pela primeira vez na vida, que estão indo para perdição por não haver antes “calculado o custo”.

Porém, há uma classe de pessoas as quais quero dirigir-me ao desenvolver esta parte do tema. E um grupo numeroso e que espiritualmente está em grande perigo. Tratarei de descrever estas pessoas e ao fazê-lo agucemos nossa atenção. Estas pessoas não são, como as anteriores, ignorantes do evangelho; não, ao contrário: pensam muito nele; não ignoram o conteúdo da fé; conhecem bem os esquemas da revelação.

Porém, o grande defeito das tais pessoas é que não estão “arraigadas nem fundamentadas na fé”. Com muita freqüência o conhecimento religioso destas pessoas é de segunda mão; têm nascido de famílias cristãs, têm-se educado em uma atmosfera cristã, porém nunca têm experimentado em suas vidas as realidades do novo nascimento e a conversão. Precipitadamente e talvez por pressões diversas, ou pelo desejo de ser como os demais, têm feito profissão de fé e se tem unido a membresia de alguma igreja, porem sem haver experimentado uma obra da graça em seus corações. Estas pessoas estão em uma posição perigosíssima e são as que mais necessitam da exortação de calcular o custo de serem verdadeiros cristão

Por não haver calculado o custo um grande número de israelitas pereceu miseravelmente no deserto entre o Egito e Canaã. Cheios de zelo e entusiasmo abandonaram a terra de Faraó e parecia que nada poderia pará-los. Porém, tão logo encontraram perigos e dificuldades no caminho, seu calor não tardou em esfriar-se. Nunca pensaram na possibilidade de que pudessem surgir obstáculos. Pensavam que em questão de dias entrariam na posse da terra prometida. E assim, quando pelos inimigos, privações, sede e fome, foram provados, começaram a murmurar contra Moisés e contra Deus e desejaram voltar ao Egito. Em uma palavra: “não calcularam o custo” e em conseqüência morreram em seus pecados.

Por não haver calculado o custo, muitos dos seguidores de Jesus voltaram suas costas “... e já não andavam com ele” (JO.6:66). Quando pela primeira vez viram seus milagres e ouviram sua pregação, pensaram: “O Reino de Deus virá a qualquer momento”. Se uniram ao número dos apóstolos e, sem pensar nas conseqüências, o seguiram. Porém se deram conta de que se tratava de doutrinas duras de crer, e uma obra dura de realizar, e de uma missão dura de se levar a termo, sua fé se desmoronou e nada ficou da mesma. Em uma palavra: não pararam para “calcular o custo”, por isso naufragaram na sua profissão de fé cristã.

Por não haver calculado o custo, o rei Herodes voltou outra vez a seus velhos pecados e destruiu a sua alma. Desfrutava ouvindo a pregação de João Batista. O admirava e considerava um homem justo e santo, e inclusive o ouvia “de boa mente” . Porém, quando se deu conta de que devia abandonar a sua favorita Herodias, sua profissão de fé religiosa se desvaneceu por completo. Não havia pensado nisto; não havia “calculado o custo” (Marcos 6:20)..

Por não haver calculado o custo, Demas abandonou a companhia de Paulo, abandonou o evangelho, deixou a Cristo e perdeu o céu. Por longo período de tempo com o grande apóstolo dos gentios e se converteu em um dos seus companheiros de trabalho. Porém, quando se deu conta de que não podia participar da companhia do mundo e de Deus ao mesmo tempo abandonou o cristianismo e se uniu ao mundo. “Demas, tendo amado o presente século” - nos diz Paulo - “me abandonou... “ (II Tm.4: 10). Não havia calculado o custo.

Por não haver calculado o custo milhares de pessoas que têm sentido uma experiência religiosa sob a evangelização de famosos pregadores naufragam espiritualmente. Se excitam e emocionam e chegam a pensar que experimentaram uma obra genuína de conversão; porém, na realidade não tem sido assim. Receberam a Palavra com alegria tão espetacular que inclusive surpreenderam os crentes experimentados.

Com tal entusiasmo falavam da obra de Deus e das coisas espirituais que os crentes mais velhos chegavam a envergonhar-se de si mesmos. Porém, quando a novidade e o frescor de seus sentimentos se dissiparam, uma repentina mudança lhes sobreveio e demonstraram que na realidade não eram mais do que corações de terreno pedregoso em que a Palavra não pôde lançar raízes profundas. “O que foi semeado em solo rochoso, esse é o que ouve a palavra e a recebe logo, com alegria; mas não tem raiz em si mesmo, sendo antes de pouca duração; em lhe chegando a angústia ou a perseguição por causa da palavra, logo se escandaliza” (Mt.13:20-21). Pouco a pouco se derrete o céu de tais pessoas e seu amor se esfria. Por fim chega o dia quando seu assento na igreja está vazio e já nada se sabe deles. Por que? Porque não “calcularam o custo”.

Por não haver contado o custo, milhares de pessoas que professaram ser salvas em reuniões de avivamento, depois de um tempo voltam ao mundo e são motivo de vergonha para o evangelho. Começam com uma noção tristemente equivocada do que seja o verdadeiro cristianismo. Imaginam que a fé cristã não é mais que uma “decisão por Cristo”, uma mera experiência de certos sentimentos de alegria e paz. Logo que se dão conta de que têm de carregar uma pesada cruz no peregrinar até o céu, de que o coração é enganoso e de que o diabo está sempre ativo, se decepcionam e esfriam e retornam a seus velhos pecados. Por que?

Porque nunca chegaram a saber o que é o cristianismo da Bíblia. Nunca aprenderam a calcular o custo.

Por não haver calculado o custo, freqüentemente os filhos de pais crentes dão um pobre testemunho do que é o cristianismo e são motivo de afronta para o evangelho. Desde a infância se familiarizaram de uma maneira teórica com o conteúdo do evangelho. Têm aprendido de memória longas passagens da escritura e têm assistido com certa regularidade a Escola Dominical, porém na realidade nunca têm pensado seriamente no que têm aprendido. E quando as realidades da vida começam a fazer-se sentirem suas vidas, com grande assombro por parte dos membros da congregação, estes filhos de crentes abandonam toda religião e submergem de cheio no mundo. Por que? Porque nunca chegaram a entender seriamente os sacrifícios e conseqüências que uma profissão de fé séria o cristianismo exige. Nunca se lhes ensinou a calcular o custo.

Estas verdades são tão solenes como dolorosas, porém são verdades e põem em relevo a importância do tema que estamos considerando. São considerações que põem de manifesto a absoluta necessidade que têm todos aqueles que professam um desejo profundo de santidade, de fazer-se a pergunta: Quanto custa?

Melhor iriam as coisas em nossas igrejas se ensinassem a seus membros a calcular o custo que implica a profissão de fé cristã. A maioria dos líderes religiosos dos nossos dias dão mostras de uma impaciente pressa nas coisas do evangelho. Parece que o único grande fim a que se propõem é a conversão instantânea das almas, e em torno disto centralizam seus esforços. Esta maneira tão parcial e vazia de ensinar e apresentar o cristianismo é funesta.

Não interpretem mal o que digo. Eu aprovo inteiramente que se ofereça a salvação de uma maneira imediata, gratuita e completa em Cristo. Aprovo plenamente que se chame com urgência os pecadores a que se convertam imediatamente depois de se ouvir a mensagem de salvação. E a estas coisas não cedo o primeiro lugar. Mas condeno a atitude e o proceder de alguns que apresentam estas verdades por si só, isoladas e sem relação às demais verdades de todo conselho de Deus. Além destas verdades, com toda honestidade devemos advertir os pecadores das obrigações que impõe o serviço a Cristo e o que implica sair do mundo.

Não temos direito de forçá-los a entrar no exército de Cristo, se antes não os temos advertido e prevenido da magnitude da batalha cristã. Em uma palavra: devemos adverti-los do custo de ser um verdadeiro cristão.

Não foi esta a maneira de proceder do nosso Senhor Jesus? O evangelista Lucas nos diz que, em certa ocasião “Ora, ia com ele uma grande multidão; e voltando-se, disse-lhes: Se alguém viera mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda a sua própria vida, não pode ser meu discípulo. E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo” (Lc. 14:25-27). Francamente, não se pode reconciliar esta passagem bíblica com a maneira de proceder de muitos mestres religiosos da nossa época; no que a mim concerne, a doutrina do mesmo é clara como a luz do meio dia. Esta doutrina ensina que não temos que forçar os pecadores a uma precipitada confissão de fé cristã, sem antes não os termos advertido claramente da necessidade que têm de calcular o custo.

Lutero, Latimer, Baxter, Wesley, Whitefield, Rowland HilI, e outros, procederam segundo a maneira pela qual defende este texto. Todos estavam bem cientes do caráter enganoso do coração humano; e sabiam bem que não é ouro1 tudo que reluz, que a convicção não é conversão, que a emoção não é fé, que o sentimento não é graça, que não é de todo botão que provém fruto. “Não vos enganeis - era o grito constante destes pregadores - pensai bem no que fazeis; não corrais antes de haverdes sido chamados; calculem o custo!”.

Se desejamos fazer o bem, não nos envergonhemos de seguir as pisadas do nosso Senhor Jesus Cristo. Exortem as pessoas a que considerem seus caminhos. Obrigue-os com santa violência a que entrem e participem do banquete a que se entreguem completamente a Deus. Ofereça-os uma salvação gratuita, completa e imediata. Insta-os uma e outra vez a que recebam a Cristo na plenitude de seus benefícios.

Porém, em tudo, diga-lhes a verdade, toda a verdade! Alguns pregadores se utilizam de atos vulgares para recrutar adeptos. Não fale somente do uniforme, do soldo e da glória, fale também dos inimigos da batalha, da armadura, das sentinelas, das marchas, e dos exercícios. Não apresente apenas uma parte do cristianismo. Não esconda a cruz da abnegação, que todo peregrino cristão deve levar, quando falar da cruz sobre a qual Cristo morreu para nossa redenção. Explique com detalhes tudo o que a1, profissão de fé cristã implica. Rogue com insistência várias vezes aos pecadores que se arrependam e corram para Cristo; porém, insista, ao mesmo tempo, a que se sentem e calculem o preço.

III) Sugestões para Ajudar a Calcular Corretamente o Custo.

Mencionarei alguns fatores que sempre influenciam nos nossos cálculos para saber o custo do verdadeiro cristianismo. Considere com calma e equilíbrio o que se tem de deixar e o que se tem de provar para chegar a ser discípulo de Cristo. Não esconda nada, considera tudo. E logo, faça as seguintes somas, tendo o cuidado de repassá-las bem para não haver equivoco, pois o resultado correto dos mesmos é alentador:
1. Conte e compare os benefícios e as perdas que um discipulado verdadeiramente cristão contém. Muito possivelmente perderás algo deste mundo, porém ganharás a salvação da alma imortal. Está escrito: “Que aproveita ao homem, ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” (Mc.8:36).
2. Conte e compare os elogios e censuras, se é que és um cristão verdadeiro. Muito provavelmente terás de sofrer as reprovações do mundo, porém, terás a aprovação de Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. As censuras vêm dos lábios de pessoas equivocadas, cegas e falíveis; a aprovação vem do Rei dos reis o Juiz de toda a terra. Está escrito: “Bem-aventurado sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós. Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós” (Mt. 5:11-12).
3. Conte e compare os inimigos e amigos. Por um lado tens a inimizade do diabo e dos maus; por outro, tens o favor e a amizade de Cristo Jesus. Os inimigos, quando muito, podem produzir-te alguns arranhões, pode rugir forte e rodear a terra e o mar para tratar de arruinar a tua alma; porém não pode de modo nenhum destruí-la. Teu Amigo é poderoso para salvar-te eternamente. Está escrito:“Digo-vos, pois, amigos meus: Não temais os que matam o corpo e, depois disso, nada mais podem fazer. Eu, porém, vos mostrarei a quem deveis temer: Temei aquele que depois de matar, tem poder para lançar no inferno. Sim, digo-vos, a esse deveis temer” (Lc. 12:4-5).
4. Conte e compare a vida presente e a por vir . A vida presente não é fácil; implica em vigilância, oração, luta, esforço, fé e labor; porém, só é por poucos anos. A vida vindoura será de descanso e repouso; a influência do pecado já terá terminado e satanás estará acorrentado. E, ah! será um descanso para toda eternidade. Está escrito: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para noS eterno peso de glória, acima de toda comparação, não atentado nós nas cousas que se vêem; porque as cousas que se vêem são temporais, e as que se não vêem são eternas” (2 Co.4:17-18).
5. Conte e compare os prazeres do pecado e a felicidade do serviço a Deus. Os prazeres que o homem mundano obtêm são vazios, irreais, não satisfazem. São como a fogueira que fazem os espinhos arder: range e brilha, porém, só por uns minutos, logo se apaga e desaparece. A felicidade que Cristo ou torga a seu povo é sólida, duradoura e substancial; não depende da saúde nem das circunstâncias; nunca abandona o crente, nem mesmo na hora da morte. E uma felicidade que, além disso, se verá galardoada com uma coroa incorruptível. Está escrito: “O júbilo dos perversos é breve” ; “Pois qual o crepitar dos espinhos debaixo duma panela, tal é a risada do insensato” (Jó 20:5; Ec.7:6). Porém também está escrito: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la a dou com a dá o mundo. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize” (Jo. 14:27).
6. Conte e compare as tribulações que o cristianismo verdadeiro implica e as tribulações que sobrevirão aos maus após a morte . A leitura da Bíblia, a oração, a luta cristã, uma vida de santidade, etc., implica em dificuldades e exigem abnegação por parte do crente. Porém não é nada em comparação com a “ira que virá” e que se desencadeará sobre os impenitentes e os incrédulos. Um só dia no inferno será muito mais intolerável que toda uma vida de peregrinação levando a cruz. O “bicho que nunca morre e o fogo que nunca se apaga” é algo que vai mais além do que a mente humana pode conceber e descobrir. Está escrito: “Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu em tormentos”(Lc.16:25).
7. Considere e compare, em último lugar, o número daqueles que se voltam do pecado e do mundo para servir a Cristo, e o número daqueles que deixam a Cristo e voltam ao mundo. Os que se voltam do pecado e do mundo para servir a Cristo são muitos; porém nenhum dos que realmente têm conhecido a Cristo voltam ao inundo. Cada ano multidões abandonam o caminho largo e tomam a senda estreita que conduza vida. Nenhum dos que andam pelo caminho estreito se cansam do mesmo e voltam ao caminho. O caminho largo registra muitas pegadas de pessoas que torceram seu rumo e o abandonaram; porém, as pegadas dos caminhantes do caminho estreito, que conduz ao céu todas seguem a mesma direção. Está escrito “O caminho dos perversos é como a escuridão”. “O caminho dos pérfidos é intransitável” (Pv.4:19; 13:15). Porém, também está escrito: “Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Pv.4: 18).
Estas somas e estas contas freqüentemente não se fazem corretamente; por isso há pessoas que continuamente e não podem dizer se vale a pena ou não servir a Cristo. As perdas e ganhos, as vantagens e desvantagens, as tribulações e os prazeres, as ajudas e os obstáculos, lhes dão um balanço tão igual, que não podem optar por Cristo. É que não têm feito a soma corretamente.
Como se explica o erro de tais pessoas? Se deve a uma carência de fé por sua parte. Para chegar a uma conclusão correta sobre nossas almas, devemos conhecer algo daquele poderoso princípio que Paulo menciona no capítulo 11 de sua Epístola aos Hebreus. Permitam-me demonstrar de que maneira intervém este princípio no grande “negócio” de calcular o custo.

A que se deveu o fato de Noé perseverar até o fim na construção da arca? Estava só em meio a uma geração pecadora, incrédula e havia de sofrer o opróbrio, a zombaria e o ridículo das pessoas. O que lhe deu fortaleza ao seu braço e paciência em seu labor? Foi a fé. Noé cria na ira que havia de vir; cria que só na arca poderia achar o refúgio seguro. Pela fé considerou e teve como pobre o conceito e a opinião do mundo. Pela fé calculou o custo e não duvidou de que a construção da arca significava um ganho.

A que se deveu o fato de Moisés rejeitar os prazeres do Egito e recusar-se ser chamado de filho da filha de Faraó? Como pode escolher ser maltratado com o povo de Deus e dirigir ao povo hebreu á terra da promissão, livrando-o da terra da escravidão? Segundo o testemunho do olho humano dos sentidos iria perder tudo e não ia ganhar nada em troca. O que impulsionou Moisés a agir dessa forma? Foi a fé. Ele cria que acima de Faraó havia UM maior e mais poderoso que o dirigiria e protegeria em sua grande missão. Ele tinha por maiores riquezas o vitupério de Cristo que todos os tesouros dos egípcios. Pela fé calculou o custo e “como vendo o invisível”, se persuadiu de que o abandono do Egito e o peregrinar pelo deserto era, na realidade, ganho.

Que foi que fez o fariseu Saulo de Tarso decidir deixar a religião de seus pais e abraçar o Cristianismo? Os sacrifícios e os custos que a mudança implicava eram em verdade enormes. No entanto, Paulo abandonou todas as brilhantes perspectivas que tinha entre os de sua nação; trouxe sobre si, ao invés do favor dos homens, o ódio do homem, a inimizade do homem, a perseguição do homem até a morte. A que se deveu o fato de Paulo poder fazer frente a tudo isso? Se deveu a sua fé. Ele cria que Jesus, a quem conheceu no caminho de Damasco, poderia dar-lhe cem vezes mais do que o que abandonara, e no mundo vindouro a vida eterna. Pela fé calculou o custo, e viu claramente até que lado se inclinava a balança. Cria firmemente que o tomar a cruz de Cristo sobre si era ganho.

Notemos bem todas estas coisas. A fé que fez Noé, Moisés e Paulo fazerem as coisas que fizeram, é o segredo que nos levará a conclusões corretas com respeito a nossa alma. A mesma fé tem de ser nossa ajudadora e nosso livro de contas quando nos sentamos para calcular o custo do verdadeiro cristianismo. Esta fé, se a pedimos a receberemos. “Ele dá maior graça” (Tiago 4:6). Armados com esta fé apreciaremos as coisas no seu justo valor. Cheios desta fé, nunca aumentaremos a cruz nem diminuiremos a coroa. Nossas conclusões serão todas corretas; nossa soma total não registrará erros.

Conclusão

Em conclusão desejo que consideres seriamente se tua profissão de fé religiosa te custa atualmente algo. Mui possivelmente não te custa nada. Com toda probabilidade tua religião não te custa dificuldades, nem tempo, nem pensamentos, nem cuidados, nem dores, nem leitura alguma, nem oração, nem abnegação, nem conflito, nem trabalho, nem labor de nenhuma classe. Bem, pois não te escuses do que vou te dizer: esta profissão de fé nunca poderá salvar tua alma; nunca te dará paz enquanto estás vivo, nem esperanças na hora da morte. lima religião que não custa nada, não vale nada. Desperta! Desperta! Desperta e crê! Desperta e ora! Não descanses até que possas dar uma resposta satisfatória a minha pergunta: “Que te custa?”

Pensa se é que necessitas de motivos que te estimulem mais e mais para o serviço do Senhor, pensa no muito que custou a salvação de tua alma. Considera que nada menos do que o Filho de Deus teve de abandonar o céu, fazer-se homem, sofrer a cruz, ser sepultado, para logo ressuscitar vitorioso sobre o pecado e a morte, e tudo para obter a redenção de tua alma. Pensa em tudo isso e te convencerás de que não é algo insignificante possuir uma alma mortal. Vale a pena tomar-se o incômodo de pensar sobre a esta alma tão preciosa.

Ó, homem preguiçoso! Ó, mulher preguiçosa! Te conformarás com perder o céu por mero fato de que não queres te preocupar com as coisas espirituais? Tanto te repugna o exercício e o esforço como para permitir que tua alma naufrague para toda a eternidade? Sacode esta atitude covarde e indigna! Lavanta-te e porta-te varonilmente! Que não termine o dia sem que hajas dito a ti mesmo: “Por muito que seja o custo, eu tomo a determinação de esforçar-me para entrar pela porta apertada”. Olha a cruz de Cristo e receberás alento para seguir adiante, e valor para consegui-lo. Sê sincero e realista com tua própria situação espiritual; pensa na morte, no juízo, na eternidade. Poderá custar muito o ser cristão, porém podes estar seguro de que vale a pena.

Se algum leitor realmente sente que tem calculado o custo, e tomado sobre si a cruz, eu o exorto a que persevere e continue em frente. Talvez freqüentemente sintas como se teu coração estivesse a ponto de desfalecer, e que o ímpeto da tentação ameaça naufragá-lo no desespero. Eu te digo: persevera, segue em frente. Não há dúvida de que teus inimigos são muitos, e os pecados que te rodeiam batem com ímpeto; talvez os teus amigos sejam poucos, e o caminho íngreme e estreito. Porém, mesmo assim, nestas circunstâncias, persevera e segue adiante.

O tempo é muito curto. Uns poucos anos de vigilância e oração, uns vão e vêm sobre as ondas do mar deste mundo, umas poucas mortes a mais, umas mudanças a mais, uns poucos verões a mais, e já não haverá necessidade de muita luta.

A presença e companhia de Cristo compensará os sofrimentos deste mundo. Quando nos vemos como somos vistos, e olhamos até a nossa jornada da nossa vida, nos surpreenderemos de nossa debilidade e desmaios de coração. Ficaremos surpresos de que demos tanta importância a nossa cruz, e pensamos tão pouco em nossa coroa. Ficaremos maravilhados de que calculando o custo, chegamos até a duvidar para onde se inclinava a balança. Animemo-nos! Não estamos longe do nosso lugar eterno!

PODE CUSTAR MUITO SER UM VERDADEIRO CRISTÃO
E UM CRENTE FIEL, PORÉM VALE A PENA!

Fonte: Jornal “Os Puritanos” Ano IV N.3.
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