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terça-feira, 15 de dezembro de 2009

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Por que celebrar o Nascimento, e não somente Sua Morte?



Hermes Fernandes


As implicações cósmicas da Encarnação


Uma das mais importantes doutrinas do Cristianismo é a Encarnação de Cristo. Enquanto os católicos costumam dar um valor maior à Sua Morte, os protestantes tendem a valorizar mais a Sua Ressurreição, e os pentecostais a Sua Volta. Já os cristãos ortodoxos, que são maioria no Leste Europeu e na Rússia, dão valor ímpar à Encarnação de Cristo.


Sem dúvida é uma das mais importantes doutrinas cristãs, sem a qual todo o prédio cairia. Se Ele não houvesse encarnado, também não teria morrido, e conseqüentemente jamais teria ressuscitado, e por isso, também não voltaria no final dos tempos.


No mês em que o mundo ocidental comemora o Natal, gostaria de sugerir que fizéssemos uma reflexão sobre tão importante doutrina.


Deus Se fez homem! Em outras palavras, o Infinito Se encerrou dentro de um corpo finito, o Todo-poderoso assumiu nossa condição humana.


Antes de Se fazer homem, Ele teve que passar por todas as etapas pelas quais os humanos passam para vir ao Mundo. Teve que ser um minúsculo espermatozóide, fecundar o óvulo de uma mulher, ver Suas células se multiplicarem, ser gestado por nove meses, e por fim, atravessar o canal uterino e nascer. Provavelmente, levou uma boa palmada para inaugurar Seu sistema respiratório com um estridente choro. Ele não pulou nenhuma etapa.


Teve que aprender a amamentar-se nos seios de Maria, a falar, engatinhar, andar (e para isso deve ter levado uns bons tombos...). Não acredito que Ele tenha sido uma espécie de menino prodígio, como propõe a literatura gnóstica. Sua desenvoltura demonstrada quando flagrado por Seus pais rodeado de doutores da Lei, se devia mais à Sua aplicação em aprender, do que a um QI privilegiado.


O que mais me chama a atenção na Encarnação é nova fase que ela deflagra na relação entre o Criador e a criação. Através dela, Deus mergulha de cabeça na realidade criada, e Se faz parte dela. Não é à toa que Paulo se refere a isso como “o mistério da piedade” (1 Tm.3:16).


Deus passou a viver entre nós. Nas palavras de João, Ele Se “tabernaculou” entre nós, isto é, armou Sua tenda a fim de morar com o Seu povo (Jo.1:14). Uma tradução mais literal e contextualizada diria que Ele Se mudou para a nossa vizinhança. Em outras palavras, Deus tornou-Se nosso vizinho!


Ele cumpriu o que havia prometido na Antiga Aliança: “Porei o meu tabernáculo no meio de vós, e a minha alma não vos aborrecerá. Andarei no meio de vós, serei o vosso Deus, e vós sereis o meu povo” (Lv.26:11-12). O que muitos julgam que ainda se cumprirá, na verdade teve seu cumprimento em Cristo, quando de Sua Encarnação (Ap.21:3).


Ao entrar de sola no Universo que Ele mesmo criou, Deus Se tornou parte integrante dele. Reflita um pouco comigo: Ele comeu nossa comida, bebeu de nossa água, respirou nosso ar.


Nos cerca de 12 mil dias em que caminhou entre nós, Ele interagiu com o ambiente à Sua volta, e assim o santificou. A água que Ele consumiu passou por Seu organismo, e foi devolvida. O ar que Ele respirou passou por Seus pulmões, e foi devolvido à atmosfera. Tudo o que Ele ingeriu, foi digerido.


Para entendermos melhor as implicações disso, reflita sobre esses fatos comprovados cientificamente: Cada vez que inspiramos recebemos do meio 1022 átomos e uma parte significativa dessa enorme quantidade de material entra no nosso corpo para formar as células do coração, do cérebro, dos rins, dos neurônios e etc. Cada vez que aspiramos retiramos de nosso corpo a mesma quantidade de átomos. Nós literalmente aspiramos pequenas partes do nosso cérebro, do nosso coração e de nossos rins. Podemos concluir que a cada segundo, nosso corpo está se renovando, transformando-se mais rapidamente do que quando trocamos de roupa. De certa forma, podemos dizer que ninguém pode apoiar-se duas vezes sobre a mesma carne e ossos. Nas últimas 3 semanas 1015 átomos têm fluido através do nosso corpo para ir para corpos de outras espécies neste planeta. Estudos com isótopos radioativos mostram, com grande elegância, que trocamos 98% dos átomos de nosso corpo em menos de um ano e todos os átomos em dois anos e meio. Nós desenvolvemos um novo fígado a cada 6 semanas, uma nova pele uma vez por mês, um novo revestimento do estômago a cada 5 dias, um novo esqueleto a cada três meses. Mesmo as nossas células do cérebro com as quais pensamos, que são constituídas de carbono, hidrogênio, nitrogênio e oxigênio, não são as mesmas do ano passado. Portanto, nosso corpo atual não é o mesmo que utilizamos enquanto aprendíamos a andar. A cada sete anos todos as células do nosso corpo são repostas.


Em todo o tempo, compartilhamos intimamente o nosso corpo com outros corpos à nossa volta. Já dizia o poeta americano Walt Whitman: "Todos os átomos que pertencem a você também pertencem a mim". Embora se trate de poesia, esta afirmação não é apenas metafórica. Estudos com isótopos radioativos têm mostrado que, neste instante de nossa existência possuímos um milhão de átomos que poderiam ter pertencido um dia ao corpo de Eisnten, de Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Napoleão Bonaparte. Simplesmente não podemos nos separar fisicamente de nada e de ninguém que já tenha passado por este mundo. E isso inclui... JESUS!


Átomos que pertenceram ao Seu Corpo ainda estão entre nós. Por causa de Sua Encarnação todo o Cosmos foi sacralizado.


Por isso, podemos afirmar que a criação como um todo passou a ter valor sacramental. Além do batismo e da Santa Ceia, temos um terceiro sacramento: o Cosmos. E tudo por causa da Encarnação.


Daí a razão pela qual Paulo atribuiu valor eucarístico à criação:


“Porque tudo o que Deus criou é bom, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças (originalmente, “eucaristia”), porque pela palavra de Deus (pelo logos divino que Se encarnou), e pela oração, é santificada” (1 Tm. 4:4-5).


A criação perdeu sua profanidade inerente, e adquiriu, através da Encarnação de Deus, um valor sacramental. Por isso, na visão que teve, Pedro foi advertido a não chamar de impuro aquilo que Deus havia purificado, nem mesmo os animais reprovados pela Lei para o consumo humano.


Agora, além de possuir um Corpo Místico, a saber, a Igreja, Cristo também possui um Corpo Cósmico. Com Sua ressurreição, Ele abarcou em Si mesmo toda a realidade, tanto a espiritual, quanto a material (Ef.1:9-10; Cl.1:19-20). Nada ficou de fora do escopo de Sua obra, iniciada na Encarnação, consumada na Cruz, e confirmada na Ressurreição, e plenamente manifestada no final das Eras. Em breve, todo o Universo se transfigurará, e revelará a glória de Deus nele latente, para que, finalmente, “Deus seja tudo em todos” (1 Co.15:28).

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Post 23

O Senhor é meu provedor, nada me faltará.
Em sites descongestionados ele me faz repousar.
Conduz-me junto aos bons provedores,
restaura as forças de meus sonos perdidos a navegar.
Pelos sites retos ele me leva,
por amor do seu link.

Ainda que eu acesse os sites escuros,
nada temerei, pois estais comigo e o Senhor os bloqueará.
Vosso notebook e vosso provedor são o meu amparo.

Preparais para mim um blog à vista de meus inimigos.
Derramais os acessos sobre os meus posts,
e transborda meu site de visitantes.
A vossa bondade e misericórdia hão de seguir-me
por todos os dias de meu acessos à internet.
E habitarei no provedor do Senhor por longos dias.

(Salmo 22/23 atribuído ao Rei/Internauta Davi)

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Resultado de um discurso manipulador




Raquel Coimbra

Desde que Silas Malafaia e Morris Cerrulo lançaram a “campanha da Unção Financeira dos R$ 900,00”, diariamente, é possível assistir Malafaia, em seu programa de TV, comemorando o RESULTADO POSITIVO das arrecadações. Segundo ele, dívidas foram pagas, congressos foram realizados e etc e etc.

É bom refletir sobre esse resultado! O que levou Malafaia a lucrar tanto assim? A resposta não é tão difícil de ser encontrada. Na verdade, o lucro financeiro é resultado de um “discurso” extremamente MANIPULADOR.

Não há como negar que a principal ferramenta de trabalho dos falsos mestres sempre foi e continua sendo a linguagem.

Os mercenários da fé apresentam-se como “senhores” do saber, dotados de uma “revelação especial”, quando na verdade não passam de meros sujeitos da linguagem, que vivem a apresentar suas ideologias. Essas ideologias, por sua vez, são apenas vãs filosofias.

É perfeitamente dispensável realizar, neste momento, uma análise discursiva profunda, impregnada de citações lingüísticas, haja vista que o objetivo principal desta abordagem é promover a reflexão. O que se pretende aqui é permitir que pessoas, mesmo que não estejam habilitadas a realizar uma análise textual, sejam capazes de perceber que determinados elementos do discurso estão nitidamente presentes nas “falas” de Malafaia e Cerullo conforme o vídeo a seguir:




Um discurso (verbal ou escrito) pode conter inúmeros tipos de manipulação. No caso deste apresentado no vídeo é possível perceber, claramente, pelo menos três:


1) SEDUÇÃO

Silas: “ ‘Crede nos meus profetas e prosperareis’ é o que diz a Bíblia. Então, escute o que o homem de Deus está falando com você. Tenho certeza de que Deus vai mudar a sua história e a história de sua família, a história de negócios, de posições na sociedade. Isso é muito importante!”

Cerullo: “Nesses últimos dias eu tenho uma unção especial que eu vou liberar sobre o meu povo. Algo que eu nunca, jamais, fiz antes. Eu vou liberar sobre eles uma unção financeira! Eu quero te dizer hoje: algo que nunca aconteceu antes na tua vida vai acontecer aqui, hoje, neste programa. Eu vou pedir em poucos minutos para Deus liberar a unção financeira sobre a tua vida”.

Silas e Cerullo levam seus telespectadores a fazer algo (ofertar) porque manifestam um juízo positivo sobre a competência do público, ou seja, mostram as “vantagens” de realizar o que eles estão solicitando.


2) TENTAÇÃO


Cerullo: “Existe um telefone aí na tela agora mesmo. Se você quer que Deus te dê a unção financeira dos últimos dias, eu quero que você pegue esse telefone, quero que você faça um compromisso para você semear R$ 900,00.”

Notem a condição para receber: “ Se você...”. Neste caso, o manipulador Cerullo propõe aos telespectadores (manipulados) uma recompensa. Ele deixa claro que se quiser receber a “unção financeira” terá que ofertar R$ 900,00.


3) PROVOCAÇÃO

Cerullo: “E você diz: ‘Morris Cerullo, nunca fiz isso na minha vida’! Será que Deus já fez uma promessa a você e essa promessa não foi ainda cumprida? E você está sentado na poltrona da sua sala e diz ‘Sim, Deus tem feito promessas para mim, mas elas nunca foram cumpridas’!”

Mais uma vez Cerullo impele o público a ofertar. Porém, desta vez, ele exprime um juízo negativo a respeito da competência dos manipulados ao mencionar que existem “promessas que nunca foram cumpridas”.

Diante do que foi acima exposto, mais uma vez, fica evidente a enorme facilidade que o ser humano tem de se dobrar frente aos apelos sedutores, tentadores e provocadores. Por outro lado, as verdadeiras ovelhas que estão seguindo a Jesus Cristo não dão atenção aos discursos manipuladores, por mais intensos que eles sejam.
De qualquer forma, é muito melhor, mais vantajoso e mais saudável lembrar sempre das palavras de Jesus Cristo, nosso Mestre Amado:

“O porteiro abre-lhe a porta, e as ovelhas ouvem a sua voz. Ele chama as suas ovelhas e as leva para fora. Depois de conduzir para fora todas as suas ovelhas vai adiante delas e estas o seguem, por que conhecem a sua voz. Mas nunca seguirão um estranho; na verdade, fugirão dele, porque não reconhecem a voz de estranhos.” (João 10.3-5)


***
Raquel Coimbra é professora e reside em Amparo/SP.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Natal: Celebrar ou não?


Olá Pessoal, estive fora por duas semanas mas já estou de volta. Uma semana de treinamento e uma semana em viagem à trabalho. Estou com saudades de todos. Retorno com um post muito legal sobre o Natal!

Por: Hermes Fernandes

Tenho lido muitos artigos publicados na internet que são contrários à celebração natalina.

Argumenta-se que o Natal seria uma festa pagã, travestida de celebração cristã. O dia 25 de dezembro era o dia do nascimento do deus Sol, Mitra. Com a adesão do imperador romano ao cristianismo, a data foi cristianizada, tornando-se a data oficial de comemoração do natal de Jesus.

Para alguns, tudo isso não passa de paganismo. Algumas igrejas sequer comemoram a data. Preferem celebrar as festas judaicas, em um claro retorno às raízes hebréias, e à prática da Lei Mosaica.

Árvore de Natal tornou-se símbolo de idolatria; há quem diga até que sua silhueta lembra a imagem da Senhora Aparecida!

Ok! Antes de aderir a esse modismo, que tal ponderar um pouco? Tirando Jesus do Natal, o que sobra?

Não estaria isso à serviço do funesto império das trevas? Como se não bastasse a figura do Papai Noel a usurpar o centro das atenções, os cristãos resolveram dessacralizar a data.

Natal deixa de ser o nascimento de Jesus, e passa a ser... mais uma festa pagã. O deus Sol agradece. Estamos devolvendo a ele, o que lhe foi tomado.

Há projetos de lei nos Estados Unidos querendo acabar com o feriado de Natal, por acreditar que sua celebração fira a liberdade de culto, menosprezando outras tradições religiosas.

Muitos cristãos têm se manifestado lá em favor da manutenção do feriado natalino. Mas aqui, são os próprios cristãos que resolveram tomar a contra-mão, e se manifestarem contrários ao Natal. Em vez de cantatas, silêncio. Em vez de peças teatrais falando do nascimento do Salvador, vazio. Nada de presentes, nem Ceia Natalina, nem árvores...

Há, porém, uma contradição aqui. Os mesmos crentes que se recusam a celebrar o Natal, insistem em celebrar a passagem do Ano Novo.

Ora, se formos coerentes em nosso raciocínio, devemos adotar o calendário judeu, e deixar pra comemorar o novo ano mais tarde. Devemos adotar o ano lunar, em vez do solar. Nosso calendário solar honra o deus Sol! E o que dizer dos meses do ano? Deveríamos riscar de nossas folhinhas os meses de Julho e Agosto, pois os mesmos foram criados para honrar imperadores romanos que se diziam deuses, Júlio e Augusto.

E o que dizer dos dias da semana que honram o panteão romano? Pelo menos em inglês e em espanhol. Parece que nosso idioma saiu ileso dessa.

Os mesmos crentes que se negam a celebrar o Natal, por achar que é fruto do sincretismo entre o cristianismo e o paganismo, vão para as praias festejar a entrada do Ano Novo, e montam tendas ao “Pai das Luzes”, para tentar evangelizar os espíritas que vão fazer suas oferendas aos Orixás.

Ora, se Paulo pôde enxergar em um espaço cúltico (altar) oferecido a uma divindade desconhecida, um lugar de adoração ao Deus cristão, por que não poderíamos enxergar em uma data pagã uma oportunidade de adorarmos a Deus, dando-Lhe graças por nos haver enviado Seu Filho Jesus?

Desde já, desejo a todos um Feliz Natal e um Surpreendente Ano Novo!


Em tempo: a árvore de natal foi inventada pelo grande reformador protestante Martinho Lutero. Ele escolheu o prinheiro por ser a única árvore capaz de resistir ao intenso frio do inverno Alemão, sem perder suas folhas. As bolas com que enfeitou a primeira árvore natalina representava, segundo ele, os frutos do Espírito na vida cristã.

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