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quarta-feira, 19 de novembro de 2008

As duas testemunhas (Ap 11.3-12)

Vem agora a segunda parte do intervalo entre a sexta e a sétima trombetas. Não podemos, porém, esquecer que a ênfase é a urgência da proclamação. O evangelho que pregamos tem regime de urgência urgentíssima, não pode ser retardado, demorado. É a necessidade de arrependimento, de conversão, porque Cristo em breve vem. E o verso 6 do capítulo 10 declara, "Já não haverá demora".

Os versículos 3 a 6 deste capítulo dão um retrato da Igreja de Cristo na figura de duas testemunhas, que representam também a totalidade da Igreja, a do Antigo Testamento e a do Novo Testamento. Como são descritas essas duas testemunhas?

¨ "Vestidas de pano de saco", símbolo de humildade e arrependimento (v. 3b);

¨ expelindo fogo pela boca se alguém pretender causar-lhes dano; é figura do poder do evangelho (v. 5a);

¨ tendo autoridade sobre o céu para impedir as chuvas durante a sua pregação, como agente do Todo-Poderoso (v. 6a);

¨ tendo autoridade sobre as águas para convertê-las em sangue, confirmando sua condição de agência do reino de Deus (v. 6b).

Discute-se muito sobre quem seriam as duas testemunhas. Há quem afirme que são Moisés e Elias, até porque ambos exerceram a autoridade de realizar sinais: descer fogo do céu, transformar água em sangue, ou impedir que chovesse.

A verdade é que não é fácil ser testemunha do evangelho de Cristo, razão porque os versos 7 a 9 mencionam que são mortas e expostas à curiosidade do povo. A oposição ao evangelho sempre haverá, pois, "a besta que surge do abismo pelejará contra elas, e as vencerá, e matará" (v.7). Porém, diz a Escritura Sagrada que Deus não permitirá que nossa alma veja a corrupção, e, deste modo, a gloriosa ressurreição vai acontecer, e o arrebatamento nos levará ao Senhor, como declaram os versos 11 em diante: "... um espírito de vida, vindo da parte de Deus, neles penetrou, e eles se ergueram sobre os pés, ... e as duas testemunhas ouviram...: Subi para aqui. E subiram ao céu numa nuvem..."

Não podemos deixar de dizer agora: Glória a Deus! A vitória é dEle que não deixará que nossos corpos vejam a corrupção, e seremos arrebatados como as duas testemunhas o foram. Passou o segundo "ai!"

Walter Santos Baptista, Pastor da Igreja Batista Sião em Salvador, BA
E-Mail: wsbaptista@click21.com.br

Os 7 Selos, as 7 Trombetas e as 7 Taças

Os sete selos (Apocalipse 6:1-17; 8:1-5), sete trombetas (Apocalipse 8:6-21; 11:15-19) e sete taças (Apocalipse 16:1-21) são três séries de julgamentos de Deus que são diferentes e consecutivas. Os julgamentos progressivamente pioram e se tornam mais devastadores à medida que o fim dos tempos progride. Os sete selos, trombetas e taças estão conectados uns aos outros – o sétimo selo inicia as sete trombetas (Apocalipse 8:1-5), e a sétima trombeta inicia as sete taças (Apocalipse 11:15-19; 15:1-8).

Os primeiros quatro dos sete selos são conhecidos como os quatro calaveiros do Apocalipse. O primeiro selo apresenta o anticristo (Apocalipse 6:1-2). O segundo selo causa grandes guerras (Apocalipse 6:3-4). O terceiro dos sete selos causa fome (Apocalipse 6:5-6). O quarto selo causa pragas, mais fome e mais guerras (Apocalipse 6:7-8).

O quinto selo nos diz daqueles que serão martirizados por sua fé em Cristo durante o fim dos tempos (Apocalipse 6:9-11). Deus escuta o seu clamor por justiça e vai livrá-los na Sua hora certa – na forma do sexto selo, assim como com os julgamentos das trombetas e taças. Quando o sexto dos sete selos é quebrado, um terremoto devastador acontece, causando grande revolta e devastação terrível – juntamente com fenômenos astronômicos incomuns (Apocalipse 6:12-14). Aqueles que sobrevivem estão corretos por clamar: “E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?” (Apocalipse 6:16-17).

As sete trombetas são descritas em Apocalipse 8:6-21. As sete trombetas são o “conteúdo” do sétimo selo (Apocalipse 8:1-5). A primeira trombeta causa granizo e fogo que destroem muito das plantas do mundo (Apocalipse 8:7). A segunda das sete trombetas causa o que aparenta ser um meteoro atingindo os oceanos e causando a morte de grande parte da vida marinha (Apocalipse 8:8-9). A terceira trombeta é parecida com a segunda trombeta, só que dessa vez ela atinge os lagos e rios do mundo, ao invés dos oceanos (Apocalipse 8:10-11).

A quarta das sete trombetas causam o sol e a lua a se escurecerem (Apocalipse 8:12). A quinta trombeta resulta em uma praga de “gafanhotos demoníacos” que atacam e torturam a humanidade (Apocalipse 9:1-11). A sexta trombeta libera um exército demoníaco que mata um terço da humanidade (Apocalipse 9:12-21). A sétima trombeta evoca os sete anjos com as sete taças da ira de Deus (Apocalipse 11:15-19; 15:1-8)

Os julgamentos das sete taças são descritos em Apocalipse 16:1-21. Os julgamentos das sete taças são o resultado da sétima trombeta sendo soada. A primeira taça causa feridas muito dolorosas que aparecem na humanidade (Apocalipse 16:2). A segunda taça resulta na morte de todo ser vivente no mar (Apocalipse 16:3). A terceira taça causa os rios a se tornarem sangue (Apocalipse 16:4-7). A quarta das sete taças resulta no calor do sol sendo intensificado e causando grande dor (Apocalipse 16:8-9). A quinta das sete taças causa grande escuridão e uma intensificação das feridas da primeira taça (Apocalipse 16:10-11). A sexta taça resulta no rio Eufrates secando completamente e os exércitos do anticristo se juntando para lutar a batalha do Armagedom (Apocalipse 16:12-14). A sétima taça resulta em um terremoto devastador seguido de pedras de granizo gigantes (Apocalipse 16:15-21).

Apocalipse 16:5-7 declara: “E ouvi o anjo das águas, que dizia: Justo és tu, ó Senhor, que és, e que eras, e santo és, porque julgaste estas coisas. Visto como derramaram o sangue dos santos e dos profetas, também tu lhes deste o sangue a beber; porque disto são merecedores. E ouvi outro do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos.”

Fonte: http://www.gotquestions.org/

terça-feira, 18 de novembro de 2008

As 7 Igrejas da Ásia - Laodicéia

Este é o último post da série "As 7 Igrejas da Ásia" e estou muito próximo agora para estar junto com a lição da EBD. No meu próximo post já irei falar sobre o tema da aula de domingo passado. Bom proveito do material e parabéns professores da EBD da PIB Jandira pelo excelente trabalho realizado!

LAODICÉIA - Uma cidade da província romana da Ásia, a oeste daquilo que é atualmente a Turquia Asiática. Foi fundada pelo selêucida Antíoco II no terceiro século A.C., e recebeu nome conforme o nome de sua esposa Laodice. Devido à sua posição, era um centro comercial extremamente próspero, especialmente durante o governo romano. Por exemplo, quando a cidade foi destruida por um desastroso terremoto, em 60 D.C., pôde dar-se ao luxo de rejeitar o subsídio imperial oferecido. Ficava numa importantíssima encruzilhada de estradas; a estrada principal que atravessava a Ásia Menor corria para o oeste até os portos de Mileto e Éfeso, cerca de 160 quilômetros distantes, e corria para o leste através de uma fácil inclinação até o platô central, e daí seguia em direção à Síria; e havia uma outra estrada que corria para o norte, até à capital provinciana de Pérgamo, e para o sul até à costa de Ataléia.

Era por conseguinte, um importante centro bancário e de troca de moedas. Em adição, estando situada no largo vale do rio Lico (um tributário do rio Meandro), a cidade era rodeada por terras férteis. Seus produtos distintivos incluíam vestes de lã negra polida, e tablóides ou pós medicinais. Seu local tinha uma desvantagem: estando inteiramente determinado pelo sistema de estradas, não havia suprimento de água permanente nas proximidades. A água tinha de ser levada por canos até a cidade, vinda de fontes termais que ficavam a certa distância, provavelmente chegando ali ainda morna. O local foi eventualmente abandonado, e a moderna aldeia (Denizli) cresceu em torno das fontes.
(Sobre as figuras 2 e 3 - Antigos tubos de água, no local de Laodicéia. Os tubos eram feitos com blocos cúbicos de pedra, aproximadamente com 90 cm de largura, perfurados ao longo, no centro, e cimentados extremidade com extremidade. A perfuração original relativamente grande, foi bloqueada com matéria mineral precipitada.)











Ficando na rota natural de inúmeros viajantes e comerciantes, Laodicéia foi atingida pelo Evangelho em data bem recuada, provavelmente quando Paulo estava morando em Éfeso (At 19:10), e talvez por intermédio de Epafras (Cl 4:12, 13).

Embora Paulo faça menção da igreja cristã que ali existia (Cl 2:1; 4:13-16), não há registro que ele a tenha visitado. É evidente que essa igreja mantinha conexões íntimas com as comunidades das cidades vizinhas de Hierápolis e Colossos (q.v.). A epístola 'dos de Laodicéia' (Cl 4:16), segundo muitos eruditos, referi-se-ia a uma cópia da nossa epístola aos ´Efésios' que teria sido recebida pela igreja laodicence. A última das epístolas às 'sete igrejas da Ásia' foi dirigida ao 'anjo da igreja em Laodicéia' (Ap 3:14-22). Parece conter muitas alusões ao caráter e circunstâncias da cidade. Apesar de toda a sua riqueza, a cidade não podia produzir enm o poder curativo da água quente, como a sua vizinha Hierápolis (q.v.), nem o poder refrescante da água fria que podia ser encontrada em Colossos; mas podia produzir apenas água morna, útil apenas como vomitório. A igreja foi acusada de inutilidade semelhante (vd M. J. S. Rudwick e E. M. B. Green, 'The Laodicean Lukewarmness', ExpT, LXIX, 1957-8, págs. 176-178). Tal como a cidade, a igreja pensava de 'nada ter necessidade', enquanto que de fato precisava de 'ouro', de 'vestes embranquecidas', e de 'colírio' mais eficazes que seus banqueiros, costureiros e médicos podiam suprir. Semelhantes a cidadãos não-hospitaleiros a um viajante que lhes oferece bens preciosíssimos, seus membros haviam fechado suas portas e deixado do lado de fora seu real Provedor (vers. 20).

Bibliografia. W. M. Ramsay, The Letters to the Seven Churches of Asia, 1904.
J. D. Douglas (O Novo Dicionário da Bíblia)
Fotos de domínio público na internet.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

As 7 Igrejas da Ásia - Filadélfia

Cidade da província romana da Ásia, no oeste da atual Turquia Asiática. Foi fundada por Eumenes, rei de Pérgamo, no segundo século A.C., e chamada assim por causa de seu irmão Atalo, cuaja lealdade lhe fizera merecer o nome de Filadelfo. Ficava situada perto do extremo superior de um largo vale que chegava até o mar, perto de Esmirna, depois de passar também por Sardes; e estava situada no limiar de um trecho extremamente fértil, em um platô interior, o que explica muito de sua prosperidade comercial. A área era sujeita a terremoto frequentes. Um severo terremoto, em 17 D.C., destruiu a cidade; e, visto que os choques continuavam de maneira intermitente, o povo passou a viver fora da cidade, em tendas e ao ar livre. Depois que a generosidade imperial ajudou a recuperação da cidade, seus habitantes voluntariamente deram à cidade, o nome de Neokaisareia. Posteriormente, sob Vespasiano, tomou outro nome imperial, Flávia. A cidade era notável pelo número de seus templos e festividades religiosas. O local está atualmente ocupado pela aldeia de Alaseir.


A carta para 'o anjo da igreja em Filadélfia' (Ap 3:7-13) provavelmente faz alusão a algumas das circunstâncias da cidade. Assimcomo Filadelfo se tornou famoso pela lealdade demonstrada a seu irmão, semelhantemente a Igreja, a verdadeira Filadélfia, herda e cumpre o caráter daquele mediante sua constante lealdade a Cristo (versículos 8, 10). Assim como a cidade fica próxima da 'porta aberta' de uma região de onde derivava a sua riqueza, semelhantemente à congregação cristã ali existente era dada uma 'porta aberta' de oportunidade para que a explorasse (versículo 8; cf. 2 Co 2:12). Os símbolos da 'coroa' e do 'templo' (versículos 11 e 12), salientam um contraste com as festividades religiosas e ritos da cidade. Em contraste com a inconstância de vida numa cidade sujeita aos terremotos, aqueles que são 'vencedores' recebem a promessa da estabilidade final de serem parte da edificação do templo de Deus; e, enquanto que a cidade recebera novos nomes da parte dos imperadores divinizados, os 'vencedores' receberão novos nomes que denotarão sua participação permanente na cidade do verdadeiro Deus (versículo 12). Tal como acontecia em Esmirna, a igreja de Filadélfia havia encontrado oposição da parte dos judeus da cidade (versículo 9). (Vd W. M. Ramsay, The Letters to the Seven Churches of Asia, 1904, capítulos xxvii e xxviii). Inácio posteriormente visitou a cidade, a caminho de Antioquia para Roma, onde sofreria o martírio, e subsequentemente enviou uma carta à congregação cristã dali.

M.J.S.R.

J.D. Douglas (O Novo Dicionário da Bíblia)

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

As 7 Igrejas da Ásia - Sardes

Uma cidade da província romana da Ásia, a oeste do que atualmente é a Turquia Asiática. Era capital do antigo reino da Lídia, o maior dos poderes estrangeiros que os gregos encontraram durante sua primitiva colonização da Ásia Menor. Sua antiga prosperidade, especialmente sob Croeso, tornou-se lendária por causa da sua riqueza; esta se derivava em parte do ouro de aluvião do Pactolos, um ribeiro que atravessava a cidade. A cidade original era uma cidadela-fortaleza quase inexpugnável, elevando-se bem acima do largo vale do Hermo, e quase inteiramente cercada por penhascos cortados de precipícios compostos de rochas traiçoeiramente frouxas.

Sua posição como centro da supremacia lídia, sob Croeso, terminou abruptamente quando Ciro, rei da Pérsia, cercou a cidade e conquistou a cidadela (549 A.C.), aparentemente escalando os penhascos e entrando em um ponto fracamente defendido sob a proteção da escuridão. As mesmas táticas levaram novamente à queda da cidade em 214 A.C., quando foi capturada por Antíoco, o Grande. Embora a mesma ficasse numa importante rota comercial, no vale do Hermo, sob o domínio romano jamais recuperou a espetacular proeminência que havia tido em séculos anteriores. Em 26 D.C., seu pedido de ser-lhe dada a honra de servir de sede de um templo imperial foi rejeitado em favor de sua rival, Esmirna. Atualmente existe apenas uma pequena vila (Sarte) perto do sítio da antiga cidade.

A carta ao 'anjo da igreja em Sardes' (Ap 3:1-6) sugere que a primitiva comunidade cristã ali existente estava embuída do mesmo espírito da cidade, repousando em sua reputação passada mas sem qualquer grande realização no presente, e falhando , conforme a cidade falhara por duas vezes, por não aprender do passado, e por não ter atitude de vigilância. O simbolo das 'vestiduras' pode em parte ser uma alusão ao comércio principal da cidade, que era o fabrico de vestes de lã e tinturaria. (Vd W. M. Ramsay, The Letters to the Seven Churches of Asia, 1904, capítulos xxv, xxvi).

E.M.B.G.
J. D. Douglas - O Novo Dicionário da Bíblia.

De que modo descobertas arqueológicas ajudaram a mostrar a confiabilidade da Bíblia?

Ao longo dos anos, muito criticismo tem sido levantado quanto à confiabilidade histórica da Bíblia. Estes criticismos são usualmente baseados na falta de evidência de fontes externas confirmando o registro bíblico. E sendo a Bíblia um livro religioso, muitos eruditos tomam a posição de que ela é parcial e não é confiável a menos que haja evidência externa confirmando-a. Em outras palavras, a Bíblia é culpada até que ela seja provada inocente, e a falta de evidências externas colocam o registro bíblico em dúvida.





Este padrão é extremamente diferente do aplicado a outros documentos antigos, mesmo que muitos deles, se não a maioria, contém um elemento religioso. Eles são considerados acurados a menos que a evidência demonstre o contrário. Embora não seja possível verificar cada incidente descrito na Bíblia, as descobertas arqueológicas feitas desde a metade do século XVIII têm demonstrado a confiabilidade e plausibilidade da narrativa bíblica. Alguns exemplos:






  • A descoberta do arquivo de Ebla no norte da Síria nos anos 70 tem mostrado que os escritos bíblicos concernentes aos Patriarcas são de todo viáveis. Documentos escritos em tabletes de argila de cerca de 2300 A.C. mostram que os nomes pessoais e de lugares mencionados nos registros históricos sobre os Patriarcas são genuínos. O nome "Canaã" estava em uso em Ebla - um nome que críticos já afirmaram não ser utilizado naquela época e, portanto, incorretamente empregado nos primeiros capítulos da Bíblia. A palavra "tehom" ("o abismo") usada em Gênesis 1:2 era considerada como uma palavra recente, demonstrando que a história da criação foram escrita bem mais tarde do que o afirmado tradicionalmente. "Tehom", entretanto, era parte do vocabulário usado em Ebla, cerca de 800 anos antes de Moisés. Costumes antigos, refletidos nas histórias dos Patriarcas, também foram descritos em tabletes de argila encontrados em Nuzi e Mari.
  • Os Hititas eram considerados como uma lenda bíblica até que sua capital e registros foram encontrados em Bogazkoy, Turquia. Muitos pensavam que as referências à grande riqueza de Salomão eram grandemente exageradas. Registros recuperados mostram que a riqueza na antiguidade estava concentrada como o rei e que a prosperidade de Salomão é inteiramente possível. Também já foi afirmado que nenhum rei assírio chamado Sargon, como registrado em Isaías 20:1, existiu porque não havia nenhuma referência a este nome em outros registros. O palácio de Sargon foi então descoberto em Khorsabad, Iraque. O evento mencionado em Isaías 20 estava inclusive registrado nos muros do palácio. Ainda mais, fragmentos de um obelisco comemorativo da vitória foram encontrados na própria cidade de Asdode.

  • Outro rei cuja existência estava em dúvida era Belsazar, rei da Babilônia, nomeado em Daniel 5. O último rei da Babilônia havia sido Nabonidus conforme a história registrada. Tabletes foram encontrados mais tarde mostrando que Belsazar era filho de Nabonidus e co-regente da Babilônia. Assim, ele podia oferecer a Daniel "o terceiro lugar no reino" (Daniel. 5:16) se ele lesse a escrita na parede. Aqui nós vemos a natureza de "testemunha ocular" do registro bíblico frequentemente confirmada pelas descobertas arqueológicas.
Autor: Bryant Wood da Associates for Biblical Research. Translated by Ronaldo Melo Ferraz.

As 7 Igrejas da Ásia - Tiatira

Uma cidade da província romana da Ásia, a oeste do que atualmente é Turquia Asiática. Ocupava uma importante posição em um 'corredor' baixo que ligava os vales do Hermo e do Caico. Abrigava uma guarnição de fronteira, primeiramente sobre a fronteira ocidental do território de Seleuco I, da Síria (que fundou, no século IV A.C.), e posteriormente, após haver mudado de mãos, na fronteira oriental do reino de Pérgamo. Com esse reino, passou para o domínio dos romanos, em 133 A.C. Porém, continuou sendo um ponto importante do sistema de estradas dos romanos, pois ficava na estrada vinda de Pérgamo, a capital da província, até Laodicéia, e daí continuava para as províncias orientais. Era também um importante centro manufatureiro; tinturaria, feitura de vestes, cerâmica e trabalhos em bronze figuravam entre os produtos da região. Uma cidade bastante grande (Akhisar) continua existindo no mesmo local.

Lídia, a mulher de Tiatira, a 'vendedora de púrpura', a quem Paulo encontrou em Filipos (At 16:14), era provavelmente a agente ultramarina de um fabricante de Tiatira; (foto ao lado é o túmolo de Lídia) provavelmente ela estava negociando a venda de mercadorias de lã tingida, conhecidas simplesmente pelo nome de tintura - púrpura'. A igreja de Tiatira foi a quarta (Ap 1:11) das 'sete igrejas da Ásia'. Alguns dos símbolos existentes na carta a essa igreja (Ap 2:18-19) parecem fazer alusão a certas circunstâncias da cidade. A descrição feita pelo Senhor Jesus (vers. 18) é apropriada para uma cidade famosa por seus trabalhos em bronze (chalkolibanos, traduzido 'bronze polido', pode ter sido um termo técnico para algum tipo local de objetos de bronze). As condições da promessa (vers. 26, 27) podem refletir a longa história militar da cidade.

'Jezabel' (esse nome é provavelmente simbólico) era evidentemente uma mulher que foi aceita dentro da comunhão da igreja (vers. 20). Seu ensino provavelmente advogava certa medida de transigência com alguma atividade que era implicitamente pagã. É possível que isso fosse associação com clubes sociais ou 'corporações' em que os negócios diversos estavam organizados. Esses corpos cumpriam muitas funções admiráveis, e seguir alguma atividade comercial era quase impossível para quem não pertencesse a uma dessas corporações; não obstante, suas reuniões estavam inseparavelmente ligadas com atos de adoração e imoralidade pagãs.




(Vd W. M. Ramsay, The Letters to the Seven Churches of Asia, 1904, capítulos xxiii, xxiv)
M.J.S.R.
J.D. Douglas - O Novo Dicionário da Bíblia.