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“Está
  alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam
  oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor.”(Tg 5.14).
Nos
  tempos antigos, o azeite de oliva era usado com frequência na medicina
  (Marcos 6.13; Lucas 10.34). Isaías lamentava a situação do povo de 
Deus  que ele descreveu empregando a figura de uma pessoa machucada 
cujas  feridas não foram “amolecidas com óleo” (1.6).
Tiago
  não tinha em mente mágica nenhuma, quando mencionou o uso do óleo.  
Muito menos se estava referindo ao sacramento católico de extrema-unção 
 ou a práticas de alguns evangélicos. Tiago não escreveu sobre nenhum  
tipo de unção cerimonial. A palavra grega “ungir” (aleípho), empregada 
por Tiago, não indica unção cerimonial. A palavra comumente usada para 
cerimonial era “chrio”(cognata de christós, “ungido”- Cristo, o 
“Ungido”).  A palavra “aleípho” era usada para descrever a aplicação 
pessoal de  unguentos, loções e perfumes que em geral tinham uma base de
 óleo – o  termo relaciona-se com lipos, “gordura”. Era empregado 
significando até argamassa para paredes. O vocábulo cognato exaleípho 
intensifica o conceito de esfregar ou aplicar óleo e dá a idéia de 
untar, apagar, enxugar, raspar, etc.  Aleíptes era o “treinador” que 
massageava os atletas numa escola de ginástica. Em português: alipta.
 O termo aleípho  ocorria muitas vezes nos tratados de medicina. Assim é
 que vem à tona  que o que Tiago pretendia com o uso do óleo era o 
emprego dos melhores  recursos médicos daquele tempo. Tiago simplesmente
 disse que se  aplicasse óleo (frequentemente usado como base de 
misturas de várias  ervas medicinais) no corpo e que se fizesse oração. 
O
  que o escritor bíblico defendia era o emprego da medicina aceita e  
consagrada. Nessa passagem ele apregoou que as doenças fossem tratadas  
com recursos médicos acompanhados de oração. Ambos os elementos devem  
ser usados juntos; nenhum deles deve excluir o outro. Portanto, ao invés
  de ensinar a cura pela fé, independente do uso de medicamentos, a  
passagem ensina justamente o contrário. Mas quando se usam medicamentos,
  estes devem ser usados conjuntamente com a oração. Aí está a razão por
  que Tiago disse que a oração da fé cura o doente. Os líderes 
(Presbíteros – ou pastores) da igreja deveriam tomar providência, talvez
 por estes feridos estarem envolvidos na obra da igreja. 
O
  fato de Deus poder curar e algumas vezes mesmo sem o emprego de meios,
  não nos deve pensar que recorrer à medicina é desonrá-lO. O  
não-crente  usa a medicina sem oração; o crente pode usar a oração com a
 medicina,  contudo ambos, afinal, dependerão de Deus.
Por: Rev. Ronaldo P Mendes
Fonte: Solus Christus 
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