Por Leonardo Gonçalves
Um texto do amigo Renato Vargens sobre música secular e a graça comum suscitou um debate intenso esta semana. Ao que vemos, quando o assunto é a música secular, as opiniões evangélicas estão bastante divididas. Ao meu ver, há três grupos de crentes debatendo:
1. Os que não ouvem qualquer tipo de música secular e atribuem qualquer manifestação musical nao-evangélica ao demônio;
2. Os que ouvem todo tipo de música secular, mesmo aquelas letras que são ofensivas à fé crista.
3. Por último, aqueles que são seletivos quanto ao que ouvem, e que não vêem a música secular como arte profana, fazendo separação entre boa música e música ruim.
Particularmente, fico com a terceira opção. Ouço boa música brasileira, curto alguns sucessos internacionais, admiro os ritmos regionais e amo o folclore e a cultura popular. Também ouço boa música composta por cristãos, e reconheço que há muita gente inspirada também no âmbito evangélico. Detesto aquilo que desonra a Deus, mas enxergo a mão de Deus nas linhas dos poetas seculares, porquanto entendo que Deus deu ao homem uma medida de "graça comum", mediante a qual a criatura - embora caída - é capaz de dedicar-se à belas artes e inspirar bons sentimentos.
Em suma, nem tudo que é secular, é profano. Do mesmo modo, nem tudo que tem o selo "gospel", é santo.
Lembremos que a matemática é uma ciência secular, mas isso não põe em dúvida as verdades aritméticas.
Para ilustrar a questão, desejo postar duas músicas da banda Legião Urbana, muito criticada no tópico do Renato por ser uma banda de letras ofensivas à fé. Não nego que haja letras da Legião que afrontem o cristianismo, mas nem por isso deixo de reconhecer as boas e inspirativas letras destes compositores seculares.
Assista e tire suas próprias conclusões:
Nenhum comentário:
Postar um comentário