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quinta-feira, 24 de junho de 2010

A tragédia do Alagoas: Entre jabulanis e vuvuzelas, o caos no agreste

Por Leonardo Gonçalves

A mediocridade do povo brasileiro pode ser medida pelo tamanho do descaso praticado com o seu semelhante. Enquanto todos comentam a “mao santa” do jogador Luis Fabiano, o número de mortos no estado do Alagoas já é de 29, e dado o volume de águas e a quantidade de pessoas desaparecidas, é possível que esta tragédia seja ainda maior que a vivida no Rio de Janeiro em abril deste ano. Se considerarmos que a tragédia no Rio foi o quinto maior desastre natural provocado por enchente no mundo, podemos concluir que a situação é mesmo caótica.

Segundo reportagem publicada hoje no jornal O Globo, um fundo de 70 milhões havia sido designado para prevenção de tragédias naturais. Destes, mais da metade foi destinada ao estado da Bahia. Curioso é o fato de que Alagoas não tenha recebido um centavo sequer, para investir em obras de prevenção, descaso público que redundou no caos que hoje se vive nos 30 municípios afetados.

Não bastasse tudo isso, também estamos em ano de eleições, mas nem os governos estaduais e federais parecem ser a pauta do dia, uma vez que vivemos no Brasil a expectativa do hexacampeonato. Afinal, o que pode importar mais que 22 marmanjos milionários correndo atrás de uma jabulani, o barulho ensurdecedor das vuvuzelas e a campanha “Cala Boca, Galvão!” no twitter com suas #hashtags?

Fonte: [Púlpito Cristão]

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