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Por Edson Camargo
“Herança do Senhor são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão.” Salmo 127:3
“O homem não é mais importante que qualquer outra espécie… Pode ser que nossa extinção conserte as coisas”.David Foreman, porta-voz da Ong ‘Earth First!’
Uma
das grandes palhaçadas desta Rio+20, além da insistência na tese
furada do “aquecimento global” por conta do melancia-mor Gorbachev e sua
trupe, foi a conclamação, da parte dos integrantes de 105 academias de
ciência (ligadas à IAP), para que chefes de estado presentes ao evento
elaborem um plano mundial para a diminuição da população do planeta.
Para lá de duvidosa no que diz respeito às suas intenções e
fundamentação científica, e sabendo que o Clube de Roma já fazia
previsões escabrosas na década de 70 e nada se cumpriu, a proposta
lembra-me os mandamentos secularistas das Pedras da Geórgia, monumento
de autoria misteriosa (um tal R. C. Christian, pseudônimo) que nem por
isso deixa de ter seus postulados defendidos por celebridades e no qual
há notórias correlações com seitas pagãs e orientais. De acordo com o
próprio monumento, foi erigido com o patrocínio de “um pequeno grupo de
americanos que segue ‘a idade da Razão’”.
Na
lição de casa que o monumento deixa para toda a humanidade, consta
reduzir a população para um índice abaixo de 500 milhões de pessoas,
“controlar a reprodução sabiamente”, e “não ser um câncer sobre a terra”
deixando espaço para a natureza.
Vale
destacar que nada disso é novo e intelectuais de esquerda no mundo
inteiro já manifestaram anteriormente apoio a tais ideias.
Se
você perguntar se não era pensando nas gerações futuras que se
realizam encontros dessa espécie, tudo aponta para uma resposta: a
solução encontrada é salvar o planeta acabando com as gerações futuras. É
a cultura da morte, mais uma vez aí. Pessoas que não foram infectadas
pelo vírus mental do ecofascimo podem até rir, mas é sempre bom ter em
mente: entre progressismo globalista e lógica nunca há afinidade. Que o
digam os milhares de cientistas que refutam a tese do aquecimento
global, como os 17 mil (atualizando: hoje são 31.487, leia nota
ao fim do artigo) que assinaram a Petição do Oregon e os brasileiros
Luiz Carlos Molion e Ricardo Augusto Felício.
Pois
bem. Entre as propostas dos belezuras do IAP está exatamente o
controle do tamanho das famílias, o que nos remete direta e
necessariamente aos abortos forçados na China comunista. Agora as
feministas, as que se dizem vadias e outros progressistas poderão
celebrar: podem evocar, sinistramente, finalidades sócio-ambientais para
se matar nascituros. A conversinha destes cientistas é exatamente a
mesma das “vadias”: “saúde reprodutiva”, “programas de planejamento
familiar”, etc..
Outra
manifestação de “amor” pelo planeta e pelos seres humanos (o potencial
“câncer” das Pedras da Geórgia) evidencia-se na proposta de fazer com
que os velhos trabalhem até a morte. Sim, defendem o fim das
aposentadorias, pois haverá cada vez menos jovens disponíveis no
mercado. Sacumé, a vida continua. Elite globalista
ecossocialmente responsável que se preza quer serviços públicos e
privados (se existirem…) funcionando no máximo da capacidade e
eficiência… A conversa mole é esta: “melhorar a qualidade de vida dos
idosos e criar novas oportunidades para que ele continue a contribuir
para a sociedade.” Sei.
Charles
Godfrey, membro da British Royal Society e um dos manda-chuvas da IAP
afirmou: “Por muito tempo, população e consumo foram excluídos do
debate devido à sua natureza sensível, da política e ética. Estas são
questões que afetam tanto os países desenvolvidos como os que estão a
se desenvolver, e devemos assumir esta responsabilidade.” Para mim, o
que Godfrey afirma tem um sentido claro: “até um tempo atrás, as
pessoas se preocupavam mais com besteiras como a sacralidade da vida, e
outras frescuras religiosas e filosóficas. Agora o mundo está mais
próximo do colapso e quem nasce e quem morre é assunto para nós, os
especialistas verdes. Dá licença”. Como se vê, Charles Godfrey é mais
um daqueles que afirma candidamente e seguro de si: “o mundo será
melhor se eu der as cartas”.
Estou
esperando alguma objeção, algum protesto, algum “vamos com calma!”,
para essas sandices de alguém que de alguma forma, está envolvido com
as atividades da Rio +20. Pode ser um ongueiro, um religioso, um
maconheiro vegan que seja. Até agora não me chegou nada.
É
nisso que dá essa mistureba entre tecnocracia, socialismo, secularismo
anticristão, cientificismo e neopaganismo panteísta que faz a cabeça
desse gente que atua na ONU, nas ONG´s, e nas fundações
multimilionárias financiadoras dessa piada demoníaca que é a implantação
de um governo mundial. É nisso que dá deixar gente como Leonardo Boff,
Fritjof Capra, Marina Silva, e entusiastas de autores como Malthus,
Madame Blavatski, Aleister Crowley e Alice Bailey conversando por muito
tempo e ganhando dim-dim das Fundações Ford, Rockefeller, Carneggie, do
George Soros, etc..
Ao
menos fica claro, além do viés totalitário do ambientalismo – já
denunciado há anos por autores como Pascoal Bernardin – o
anticristianismo descarado dos ecofascistas. A maioria deles é
ocidental: foi criado num ambiente em que princípios cristãos tiveram
uma influência decisiva na formação da sociedade, na cultura e no
estamento jurídico. Eles sabem contra quem estão se voltando. Muitos
sabem que abrem mais precedentes para que a perseguição cultural à fé
cristã recrudesça.
Afinal,
no ecumenismo da ONU, não há lugar para quem crê que “filhos são
herança do Senhor”; que Deus fez a Terra para o homem, para que este a
domine; que Deus, sendo o Autor da vida, é o único que pode tirá-la, e
que como Criador e Senhor da história humana, fez um planeta forte o
suficiente para agüentar até o fim dos tempos. E que também dá
diretrizes ao homem em relação ao cuidado com o meio ambiente, mas que
jamais trocaria a vida de um bebê pelo universo inteiro.
Nota:
17
mil cientistas eram em 2007. Atualmente, a Petição do Oregon tem o
apoio de 31.487 cientistas, dentre os quais 9.029 PhD’s.
Links: http://www.oism.org/s32p31.htm e http://www.petitionproject.org/index.php.
Links: http://www.oism.org/s32p31.htm e http://www.petitionproject.org/index.php.
Sobre o autor: Jornalista e músico, é editor-executivo do site de opinião e análise de conteúdo midiático "Mídia Sem Máscara".
Estudioso da filosofia, com ênfase nas áreas de teoria do
conhecimento, história das idéias e filosofia política, é um amante dos
grandes temas da teologia e um entusiasta da educação clássica.
Fonte: [ Gospel+ ]
Fonte: [ Gospel+ ]
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