Hélio Pariz
Rick Warren é o
pastor da mega-igreja Saddleback Church em Lake Forest, na California,
mais conhecido pelo seu best-seller “Uma Vida Com Propósitos”, que lhe
garantiu a posição de um dos pastores evangélicos mais influentes dos
Estados Unidos, a ponto de dirigir a oração cerimonial na posse do atual
presidente Barack Obama em janeiro de 2009.
Nem tudo são
propósitos ou flores no caminho de Warren, entretanto. Parece que, a
exemplo de Caetano Veloso, ele tem uma opinião formada sobre tudo, como
no caso da eutanásia de Terri Schiavo, em 2005, quando especulou que o
marido dela, Michael, não queria que ela saísse do estado vegetativo
permanente porque Terri poderia dizer algo que o incriminasse.
A igreja de Warren chegou a dar George W. Bush uma insólita “Medalha da Paz”. E aqui no Genizah mesmo já repercutimos uma declaração de Warren sobre a ida de seu cachorro ao céu.
O fato é que Rick
Warren ficou muito rico com a venda de seus livros, e certamente não
precisa mais de dinheiro. Entretanto, ele não consegue parar de inventar
moda.
A mais recente
iniciativa de Warren é a “dieta de Daniel”. Talvez incomodado pela sua
silhueta, digamos, roliça, o megapastor quis fazer um regiminho básico, e
– coincidentemente – faturar em cima disso.
Para tanto, a tal
“dieta de Daniel” promovida por Warren consiste, basicamente, em comer
legumes como fez o profeta ao rejeitar as iguarias do rei (Daniel
1:10-16), muito embora – curiosamente, como diz o último versículo – no
final eles estavam mais “gordos” do que os outros servos.
Não se preocupe,
entretanto, em conhecer por ora todos os detalhes da “dieta de Daniel”
patrocinada por Warren. Ela é basicamente vegetariana e certamente já
deve ter algum livro no prelo para convencer você a comprá-lo para
aprender a fazer uma dieta “bíblica”.
Rick Warren
aproveitou a deixa e fez um pacto de emagrecimento coletivo em sua
igreja, e parece que a coisa está funcionando. Não há nenhum mal em
fazer isso, admitamos, mas o problema é querer estabelecer um padrão
bíblico de dieta e faturar em cima.
Alguém poderá, por
exemplo, lançar a “dieta de João Batista” com mel e gafanhotos (Mateus
3:4), ou o pão do braseiro da “dieta de Elias” que caminhou 40 dias e 40
noites depois de comê-lo (1 Reis 19:5-8).
Saúde, portanto, é o
critério essencial para se avaliar se uma dieta é adequada, e sempre
que possível com acompanhamento individualizado, sem querer impor um
padrão “bíblico” inexistente a uma multidão de gordinhos fiéis.
A revista Time
desta semana traz uma matéria sobre a dieta de Rick Warren intitulada
“Deus quer que você seja magro?”, com o debate e a opinião de teólogos e
nutricionistas sobre essa nova mina de ouro que o megapastor encontrou e
que ele batizou de "The Daniel Plan".
Que de nova não tem
muita coisa, já que houve iniciativas parecidas no seio da igreja
americana algumas décadas atrás, mas não resistiram ao tempo nem a um
belo bolo de chocolate.
A Time disponibiliza ainda uma página em que você pode ler o texto e ver o vídeo abaixo (tudo em inglês), em que Rick Warren diz que a inspiração veio em um dia em que ele realizou mais de 800 batismos em 4 horas e meia, e lá pelo 500º batizado, ele se deu conta de que havia muita gente gorda na sua congregação.
A Time disponibiliza ainda uma página em que você pode ler o texto e ver o vídeo abaixo (tudo em inglês), em que Rick Warren diz que a inspiração veio em um dia em que ele realizou mais de 800 batismos em 4 horas e meia, e lá pelo 500º batizado, ele se deu conta de que havia muita gente gorda na sua congregação.
Rick Warren e
muitos membros de sua igreja já estão emagrecendo a olhos vistos e com
acompanhamento público bem assim, digamos, "promocional", o que é muito
bom para a saúde deles (não há como negar), enquanto a conta bancária de
Warren – essa rechonchuda - teima em engordar.
Fonte: Genizah
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