Ou o que fazer com os evangélicos? Logo depois da divulgação do Censo
2000, por ocasião do 2º Congresso Brasileiro de Evangelização (CBE2),
realizado em Belo Horizonte, em outubro de 2003, ficamos de boca aberta
com a “multidão” de evangélicos.
Agora, os evangélicos somam mais de 42 milhões. Estamos melhor ou
pior? Confira algumas frases recolhidas no CBE, entre elas a do
conhecido pastor Russell Shedd:
A partir da segunda metade da década de 80, uma influência vinda do
Atlântico Norte chegou até nós com tanta força e fúria que, em vez de
enriquecer e ampliar nossos horizontes musicais, ditou formas e tons
para os artistas da terra. Era o movimento gospel. Desde então, tudo
tornou-se gospel. A maioria dos músicos mudou de som e de proposta. Os
poucos que resisitiam bravios perderam seu espaço. Outros foram cantar
noutros quintais. Creio que foi uma perda irreparável para o resgate da
arte cristã no Brasil.
Carlinhos Veiga, pastor da Igreja Presbiteriana de Brasília e músico
Somos 25 milhões de evangélicos no Brasil. Onde está o poder dessa multidão?
Russell Shedd, escritor e conferencista
Todas as tentativas de criar um Tratado de Tordesilhas que circunscreva o
campo dos evangélicos em contrapartida com outros campos, como o dos
católicos, fundamentalistas, neopentecostais etc., fracassam como
fracassou a de 1493. O alistamento de crenças aceitáveis e
não-aceitáveis rapidamente descamba para o fundamentalismo e seu
conseqüente “militarismo” repressor.
Orivaldo Pimentel Lopes Júnior, pastor da Igreja Batista Viva e
professor de sociologia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte
A primeira missão da Igreja não é proclamar o evangelho, não é se
expandir nem mesmo conquistar a mídia ou impactar a sociedade. A
primeira missão da Igreja é morrer: perder os valores da carne e ser
revestida com os valores de Deus. É se desglorificar para glorificar ao
seu Senhor.
Ronaldo Lidório, doutor em antropologia cultural pela Royal London
University, ex-missionário entre os Konkombas, em Gana, atualmente na
Amazônia
Parece que a mentalidade capitalista influencia os nossos projetos de evangelização nacional muito mais do que imaginamos!
Sérgio Ribeiro, diretor da JUVEP
Pronunciamentos feitos durante o 2º Congresso Brasileiro de
Evangelização (CBE2), realizado em Belo Horizonte, no final de outubro
de 2003.
Fonte: Ultimato
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